Avançar para o conteúdo principal

Confesso que entendo, e não consigo entender...mas depois, volto a entender...

O misto que é a incerteza; no fundo no fundo, creio que ninguém acreditava que o avião malaio iria aparecer do nada, com os 239 passageiros vivos e escorreitos...

Não era possível, o avião colapsou caiu, desapareceu....e aquelas pessoas partiram para outra dimensão com ele. Está claro.

Mas para aquelas famílias havia um rasgo de esperança, a incerteza por vezes faz-nos crer em milagres, em algo metafísico que poucos conseguem explicar.

A notícia caiu para eles como uma bomba - está confirmado, o avião caiu e não há sobreviventes.

É o fim da esperança, mas o início do luto...um luto difícil, acredito, porque depois falta a matéria, o corpo, a verdadeira despedida...e mais uma dor...terrível, dilacerante.

Certas coisas apenas as poderá entender quem passou por elas, e que Deus mantenha a ignorância de passarmos uns por umas coisas e outros por outras - começo a acreditar que o sofrimento que nos é imposto o é, porque Alguém sabe de antemão que o conseguimos aguentar...alguns não conseguem e são esses que desistem; infelizmente a vida também me apresentou pessoas....que desistiram e decidiram partir antes do seu tempo - para uma existência de 36 anos, confesso que até conheci mais pessoas nessas condições do que seria imaginável - mais de 5 pessoas, todas diferentes, em idades diferentes, com experiências de vida distintas - e depois conheço o contrário - aquelas pessoas "condenadas" que se agarram com todas as forças à vida e que são arrancadas da existência terrena.

Entendo, não entendo, volto a tentar entender....e depois entendo...o pensamento que me assola neste momento, vai ficar para mim...

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Ritz - Quinceañera

 Mas como é que já se passaram 15 anos desde aquele dia em que finalmente a conheci e senti que já a conhecia desde sempre. Não a ela em si, mas à essência dela, à presença dela em mim. Bem que dizem que os filhos são sangue do nosso sangue, carne da nossa carne e senti que uma parte de mim se havia desprendido e estava pronta a desbravar terreno, desenvolver-se, superar-se e ser uma muito melhor versão dos seus ascendentes. Aí estava a minha borboleta, a minha Tinkerbell, a minha Bébécas, a riqueza de sua mãe, o pequeno demónio, a princesa....a Ritz. O livro em aberto que a cada dia ganha mais páginas, o amor puro, o orgulho, por vezes a minha falta de paciência para a sua desafiante adolescência e a reinvenção diária de mim própria e de como lidar com este ser do mundo. 15 anos de ti, 15 anos de nós e a certeza de que sem ti a minha vida teria o maior dos sonhos por realizar, porque sempre desejei ser tua mãe, mesmo antes de existires. Muitos Parabéns Filhota e que estes 15 anos ...