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A mostrar mensagens de 2020

Sucedem-se foguetes

 Na noite de Natal eram bastante audíveis e por momentos pensei estar na semana errada. Hoje, de rajada, já ouvi outros tantos. Mas por que raio andam a lançar foguetes indiscriminadamente nos últimos dias!? Não tenho nenhum problema contra a felicidade alheia, mas nos tempos que correm parece-me uma tremenda falta de gosto e sensibilidade esta manifestação de uma certa euforia, vá-se lá saber o porquê.

E depois há uma certa exclusividade

 Onde é que se tinha o privilégio de ter uma sala de cinema só para si!?

E que tal partilha de informação útil?

 É que já não se aguenta em todos os espaços informativos mais de metade da emissão ser dedicada à vacinação anti-Covid com direito a imagens da seringa a perfurar o braço de cada um. Compreendo a comoção face à primeira toma da primeira pessoa agraciada com a sua dose...mas, já cansa. Na verdade estamos todos muito cansados destes Updates diários que não contribuem em nada para uma maior informação da população em geral. O que também não deixou de me causar estranheza foi a primeira enfermeira a administrar a vacina em Portugal, talvez com a preocupação de aparecer bem na televisão, preocupar-se pouco em seguir as etiquetas de segurança a que a sua profissão obriga: sem luvas e bastante maquilhada pelo menos ao nível dos olhos. Não percamos o foco; trata-se de uma pandemia, não de um reality show!

Tanta preocupação com o ambiente...mas só quando convém

 Anos a fio a história repete-se. Após as festas, estejamos em época de “vacas gordas” ou não, não há contentor do lixo por que passe que não esteja acima da sua capacidade e na área de chão/estrada circundante acumulam-se os restos de tudo o que se possa imaginar: papéis de embrulho, caixas de brinquedos e de aparelhos eléctricos e electrónicos, lixo orgânico e até há quem aproveite para lá colocar a porcaria que foi acumulando nos últimos meses. Verdadeiras lixeiras é a paisagem que temos nestes dias. Ora os senhores da recolha de lixo também descansam, festejam o Natal e afins e têm direitos descansar. Não seria porventura mais sensato se cada um ao ver que os contentores na rua já estão a chegar à sua capacidade máxima guardasse por um dia ou dois o saquinho de lixo fechado dentro decrua casa e contribuísse assim para uma maior limpeza e salubridade do sítio em que vive!? Custa assim tanto!? É triste que a minha consciência ambiental me permita fazê-lo desde sempre sem esforço. Não

Quando testemunhamos na pele que há sempre quem tire partido das desgraças

 Unidade hospitalar privada. Exames complementares de diagnóstico. Pagamos o que nos compete já depois de descontado o valor que fica a cargo da seguradora ou outros sub-sistemas de saúde. Até aqui tudo bem. O que me parece escandaloso é exigirem o pagamento de 25€ à parte para cobrir os equipamentos de proteção utilizados pela equipa médica, isto é, máscara, luvas descartáveis, bata e eventualmente viseira. No meu entender isto é um abuso. Na época pré-Covid não pagávamos isto, pelo menos desta forma descarada. Por outro lado o valor destes equipamentos, para uma unidade que compra milhares de unidades parece-me deveras inflaccionado.  É triste este aproveitamento, num tempo em que deveria existir cada vez mais união e solidariedade.

Há quem lhe chame caça, eu chamo matança

 Não havia necessidade...

A tenacidade dela inspira-me

 Há dois dias pegou num novelo de lã para fazer pompons. Mas...não sabia fazê-los e andou a ver uns tutoriais. No fim aquilo não saía bem. Irritou-se, chorou, barafustou. Eu, sei fazê-los, contudo naquele momento não pude deitar mãos à obra. Entretanto foi-se deitar e quando acordou no dia seguinte percebi que ainda não tinha aceite o facto de não ter sido capaz de fazer os pompons. Foi para a escola, regressou, voltou a ver mais uns tutoriais e eu...dei de caras com eles:  Com direito a olhos e tudo. E disse-me depois assim: “sabes que eu enquanto não consigo, não desisto mamã!” Excelente ponto de partida para triunfar, a minha menina. Lutadora quanto baste.

Josh Groban - You Raise Me Up (Official Music Video) | Warner Vault

Mas como nem tudo são tragédias, também calha amar e estar junto

 
 

Hoje era o dia dela

 Sempre foi e sempre será porque jamais será esquecida. 89 anos faria a minha avó e consigo imaginá-la mais velhinha com aqueles olhos azuis vivos e alegres e a gargalhada forte. Tive uma avó extraordinária que me deixou um legado nobre. Tinha um forte carácter, era uma pessoa digna e integra...e era tão, mas tão bonita. Talvez se tenha abatido mais uma vez a sua força em mim que, tendo um assunto chato e que vai dar pano para mangas pendente, hoje  foi o dia para iniciar o processo moroso de o resolver. É triste que quase tudo na vida se conquiste literalmente com muito sangue, muito suor e muitas lágrimas.  Um beijo minha avó, daqui até ao céu.

O que terão em comum estes dois senhores!?

 Certamente uma coisa ou outra, mas para a minha filha têm laços de parentesco, pois para ela, são iguais. E na verdade...olhando bem....
 Sou mãe. Fiquei abananada com a notícia da morte da filha do Tony Carreira. Não interessa se conhecemos as pessoas, se o seu género artístico nos agrada, se nutrimos por eles simpatia, se os seguimos ou não...é uma família que é conhecida no nosso panorama, fomos vendo aqueles miúdos crescer e tornarem-se adultos, géneros musicais à parte, vê-se que aqueles pais transmitiram bons valores aos filhos. E a miúda que ainda por cima tinha um ar tão doce e era tão bonita, morre assim num acidente brutal. São uns pais que perderam uma filha, a sua menina, uns irmãos que perderam a sua princesa, uns avós que perderam a sua neta, os amigos e todas as pessoas que dela gostavam. São momentos destes que me levam a ficar quieta   no meu canto, agradecer cada oportunidade que a vida me tem dado, porque quando ela nos tira algo, é de facto a doer bem lá no fundo.

Passagem do livro que estou a ler agora

 Diálogo entre prisioneiros em Auschwitz-Birkenau. A dicotomia entre a esperança, a perda de fé e o amor...ou sua ausência.

Ainda não eram 7 da manhã

 E eu, que até dormia tranquilamente, sou abruptamente acordada pela minha filha, com energia de 4 da tarde, sem sequer me deixar abrir os olhos sem sobressalto. "Mãe, achas normal uma pessoa andar de saltos altos e fazer barulho a esta hora? Fez-me acordar cedo..." A miúda tem sempre justificações para acordar cedo e mais ainda para me colocar em sobressalto de madrugada. Ainda tentei dormitar, mas não me deixaram. Não a pessoa que anda de saltos altos, foi mesmo a minha filha que depois decidiu querer conversar sobre tudo e mais alguma coisa e vociferar com o gato. Enfim, as maravilhas da maternidade.

Esta miúda...

 O último teste da primeira bateria foi de Matemática. No dia em que o fez chegou muito triste porque tinha feito mal umas contas (disse ela) e que se calhar ia ter uma má nota. Lá lhe expliquei que um exercício errado não arrasta uma pessoa para uma “má” nota, seja lá isso o que for e que mesmo que aconteça, eu sei que não é por falta de trabalho da parte dela portanto o caminho faz-se seguindo em frente, aprendendo algo com os desvios. Correu mal, paciência. Para a próxima trabalha-se mais um pouco para compensar. Hoje trouxe a nota: Muito Bom! ...I rest my case...

Último mês

 A sério? O nefasto 2020 está mesmo a terminar? Que capicua de má memória. Se me pedissem para definir este ano numa palavra, escolheria perda. Não se tratou de uma perda isolada, mas creio que todos nós perdemos algo ou alguém neste ano que vai ficar na memória de todos, sobretudo por motivos tristes. Contudo há que estar atento ao que de bom se passa à nossa volta. No fundo é o que levamos daqui. Sinto que os próximos dias serão mais sombrios e introspectivos. Na minha família pelo menos nada voltará a ser como antes, a minha base foi desaparecendo, e resta apenas a minha mãe, não sendo segredo que temos as nossas crises, as nossas divergências e será sempre assim. A partida do Zé dói; é muito confortável saber que temos os nossos entre nós e quando eles partem sentimos que ficou tanto por viver e partilhar, passou tudo demasiado rápido. Depois tenho a continuidade - a minha irmã e a minha filha. As minhas meninas. O futuro. São elas o futuro e espero que toda esta tempestade acalme

Não vale a pena criticar gratuita e destrutivamente os Serviços Públicos

 Ninguém estava preparado para uma situação destas, mas 9 meses volvidos existem de facto tópicos inadmissíveis. Ora vejamos, se um cidadão contacta a linha Saúde24 no dia 28/10 e lhe dizem que num período de 72 horas será contactado pela Unidade de Saúde Pública, a pessoa acredita, não obstante ouvir comentários (vários) a relatar que afinal podem não ligar. ...mas entretanto perante um primeiro teste com resultado negativo, o Centro de Saúde informa que a Alta só poderá ser validada pelo Delegado de Saúde; quer isto dizer que só após informação positiva do Delegado de Saúde é que se pode, findos os 14 dias de isolamento profiláctico, sair de casa. Mas...(mais um mas) o Centro de Saúde na pessoa de uma Enfermeira muito acessível também informa que estão com alguma dificuldade em ligar a todas as pessoas pelo que é preferível mais perto do final do isolamento, enviar para lá um email para que respondam que de facto já se pode sair de casa. Foi o que fiz...por acaso embora em isolamento

Ora vamos lá falar mal do sapateiro

 A minha irmã conhece um sapateiro que deve ser no mínimo o melhor sapateiro do mundo. Tem porta aberta ali para os lados do Saldanha, o que fica um bocado fora de mão.  Portanto quando surge alguma urgência vou a outro que fica nas imediações do meu escritório. Um senhor caricato e que provavelmente deve ser a pessoa mais azarada do mundo, tendo em conta as tragédias que vai contando sempre que entra um novo cliente. Não é má pessoa, mas não tem grande talento. Há uns meses perdi as capas de uns mocassins. Fui lá, colocou umas novas, creio que no dia seguinte já tinham caído. Voltei lá e ele, querido como sempre, voltou a colocar outras. Não usava os ditos sapatos há algum tempo e eis que anteontem os calcei. No pouco tempo em que os tive calçados sentia um desconforto no calcanhar, tipo a sensação de que havia por ali uma pedrinha. Sacudia e nada. Chegada a casa, tiro o sapato e vejo sangue no pé...qual pedrinha, era “apenas” o prego que fixa a capa ao sapato que se foi enterrando no

A notícia de última hora é que morreu Diego Maradona

O que tinha de génio na sua arte, tinha de louco, mas fica sem dúvida para a história o seu talento. Era sempre emocionante vê-lo jogar.

A miúda sempre a surpreender (pela positiva)

 A minha filha em termos de colaboração inata para permitir que lhe sejam praticados actos médicos faz-me lembrar aquele touro mecânico das festas de Verão. São precisas várias pessoas para a agarrar, grita, esperneia, chora, que nem a Maria Antonieta ao aproximar-se da guilhotina. E por mais que eu lhe diga que até ver tudo o que tem feito (vacinas e análises clinicas) é de facto inofensivo e que o facto de ficar naquele estado é que faz com que lhe custe...ela persiste. Aliás, persistia. Tinha a vacinação dos 10 anos marcada para hoje, mas eu, como já sei o que me espera, não he disse nada, até hoje de manhã, mas sem lhe dar importância. Primeiro disse que tinha que se despachar, o que é normal de manhã, depois disse-lhe que tinhamos que ir ao Centro de Saúde e, perante a pergunta com os olhos esbugalhados acerca do que lá iríamos fazer, atirei com a bomba e segui a rotina. No carro, com a proximidade da "casa dos horrores", perdão, do centro de saúde, lá lhe pedi encarecid

O Natal é quando uma mulher quiser

 

Falta de gosto

 Que cada um faça o que entende na sua casa, tudo bem. Mas devia ser proibido transpor isto para pura poluição urbana e visual. Mas por que raio é que certa gente nesta altura do ano gosta que as suas casas fiquem a parecer autênticos carros alegóricos, e ainda por cima feios!? E obrigarem uma pessoa a ver isto de cada vez que vai à janela...e isto ainda vai durar mais de um mês. 

Quando começamos a regredir na idade oficial

 Dizem que as pessoas de mais idade, velhinhas, regressam a alguns comportamentos da infância. Parece que sim. A minha emoção quando completava uma caderneta de cromos da  Barbie ou dos bonequinhos do “Love Is” não fica aquém da minha satisfação ao completar a caderneta de selos do Continente que me vai fazer ganhar mais um Pirex!

Quando o carinho/cuidados de mãe são requeridos

 Para que as questões de higiene infantil fiquem claras e deixando a devida ressalva de que cada um sabe de si e dos seus, uma criança de 10 anos não tem capacidade para tomar banho e afins sozinha, sem supervisão. Por vários motivos, nomeadamente destreza para se conseguirem ensaboar nos locais menos acessíveis, esfregarem bem aquelas partes tipo, de lado dos tornozelos onde se não lavarem bem ganha surro, já para não falar das partes mais íntimas e...sobretudo nas raparigas, o cabelo. A verdade é que há por aí muito adulto que não se sabe higienizar em condições, quanto mais uma criança. Por isso ainda tenho uma voz activa nestes campos. Ela lava os dentes sozinha, há anos, e que bem que os lava, mas amiúde eu vou lá ver em todos os recantos se de facto não há imperfeições, e quando as há, volta a lavar, a passar o escovilhão e a finalizar com o fio dentário. Resultado, conheço miúdos que ainda em dentes de leite têm cáries e a minha filha está com uma dentição tão cuidada que saio s

E tínhamos que terminar com perguntas cujas respostas não sei

 E tive que lhe desvendar um dos mistérios da vida - que irão existir sempre perguntas sem resposta, ou de vez em quando a resposta adequada é “porque sim”. “Mãe, porque é que os brasileiros dizem bunda em vez de rabo?” Ora aqui em casa não se vêem novelas, portanto onde é que ela anda a ouvir este tipo de vocabulário popularucho!? “Mãe, porque é que os Partidos, em vez de se chamarem partidos políticos, não se chamam clubes políticos?” Isso é que seria engraçado, clube dos malfeitores da esquerda, clube dos malfeitores da direita, clube dos malfeitores ao centro e ainda havia espaço para o clube chega para lá. Esta miúda lembra-se de cada uma...

Drama do dia

 Vou buscá-la. Aparece-me com cara de tragédia e num ápice começa a choramingar. Depois de muito lhe perguntar o que se passou, faz-me prometer que não me iria  zangar com ela. Não posso prometer uma coisa dessas porque não faço ideia do que ali vem, mas tudo bem, prometo que vou ouvir com atenção.... Teve Bom Mais a Inglês. Juro que não percebo porque faz estes dramas quando eu acompanho pacificamente as lides escolares, encorajo-a, ajudo-a quando ela necessita e se algo corre abaixo das suas expectativas digo-lhe sempre que com algum trabalho, a próxima vez será melhor.  É simples. Ela é que complica a própria vida 🤔

Ele, o Rocketman, e eu...numa choradeira

 Não tinha visto o filme e acabou por ser a minha companhia nesta tarde de Domingo. Acabei num pranto. Estórias de vida complicadas e que nos fazem parar para pensar na nossa própria existência, nas nossas escolhas, no papel que teve e tem quem se cruza connosco, e no fim, espremendo o pouco que fica na verdade, foi quem sempre lá esteve, quer tenha chegado mais cedo ou mais tarde.

O próximo pois claro...encomendado e a ansiar que chegue às minhas mãos!

 O Homem por detrás do primeiro Presidente negro dos Estados Unidos. Uma inspiração!

Quando finalmente acertamos no cabeleireiro

 Demorei anos até conseguir encontrar quem me tratasse do cabelo a sério. Quando comecei a desfrisar foi o caos porque os produtos são muito agressivos e o meu couro cabeludo reagia muito mal aos produtos. Reagia mal eu também e não era bem aquilo porque continuava a ter que esticar o cabelo com escova e secador de cada vez que o lavava. Passados uns anos passei para a progressiva, bastante melhor mas a mesma reacção adversa do meu couro cabeludo e o cabelo não crescia porque estava permanentemente partido.  Andei a pôr extensões por uns tempos, tinha um cabelão de facto... mas ainda não era aquilo. Até que há cerca de 4 anos, mais coisa, menos coisa, conheci o Luís e daí passei para o alisamento orgânico, um produto que não me faz qualquer reacção alérgica e que me deixa o cabelo como nunca até então. E onde vai o Luís, vou eu e até me aventurei há uns anos a fazer madeixas loiras, o cabelo passou a crescer e anda sempre bonito e luzidio. 

Com os tempos que correm nem com pragmatismo lá vai

 Ontem tive um dia péssimo com um surto alérgico e uma temperatura na ordem dos 37.3. Tomei a bomba, mas pelo sim pelo não o paracetamol também foi garganta abaixo. Hoje passei um dia substancialmente melhor mas ao final da tarde regressou aquela sensação de febre a chegar mas até ver não passou dos 37.1. Os meus invernos são passados assim desde sempre e ainda para mais, apesar dos meus ricos pulmões já terem 11 pneumonias em cima, os nossos serviços de saúde são cegos e consideram que dada a escassez, só tem direito a vacina da gripe quem tem 65 anos ou mais, e outros grupos considerados de risco...mas uma pessoa com a minha facilidade em desenvolver patologias graves nos pulmões pode morrer à espera.  Tudo bem, o povo cala-se! Mas já dou comigo a pensar...será que depois do isolamento e a falta de sintomas por dias a fio, agora é que fiquei “covidada”?

Tem trazido notas brilhantes

 De Muito Bom para cima se é que isso é possível, não obstante continua fiel à sua raça e deixa-me a braços com uma vontade latente de a entregar para adopção!  

Há que concordar

 
 Recuperar os abraços e beijinhos da minha filha foi das melhores experiências emocionais deste fim de isolamento profilático. Que saudades de sentir aquela pele e o calor dos seus abraços. Esta pandemia está a tirar-nos tudo.
 
 Está a ser um ano infernal. Muitas coisas menos boas a acontecer mas sobretudo a perda de pessoas próximas. Nunca pensei ao entrar neste ano de números redondos que o meu padrasto nos deixasse e com tanto sofrimento. Nunca pensei que a nossa aparente acalmia fosse culminar nestes tempos pandémicos e conturbados. Nunca pensei noutras coisas que surgiram e que tive e tenho que lidar com elas.  E parece que a dinâmica é geral. Tenho assistido ao desaparecimento em catadupa de pais e mães de pessoas amigas e/ou conhecidas. Parece que estamos todos no mesmo grupo de tristeza e desolação. Estamos todos a perder...pessoas que nos são queridas, alguns sonhos, sorrisos, alegria, brilho, tempo, tempo com os nossos...e isso deixa-me triste.

Há 5 dias sem PDA....deu asneira

 Dizer-se a uma mãe que não pode dar beijinhos à sua criança...é duro de ouvir, digo já. Mas perfeitamente  exequível se pensarmos que é para o bem da criança e então aí...nem que nos paguem 100.000€.  Ah pois é, então e o instinto? Estava a correr tudo muito bem, até que hoje, passados 5 dias sem qualquer resquício de PDA ela aparece-me à porta do quarto com aquelas bochechas maravilhosas, em slow motion eu aproximo-me dela, agarro-lhe na cabeça e dou-lhe dois grandes beijos. E que bem me souberam.  Ela, com os olhos a brilhar e um sorriso rasgado: “Mãeeeeeee, já me podes dar beijinhos!!!” Caiu-me tudo. Como é que eu me fui distrair desta maneira vil. Vontade de me esbofetear foi o que me deu. Bom, não há-de ser nada e a verdade é que uma mãe, por muito que proteja é humana e também falha. Raios partam o COVID. Estou farta deste gajo até à raiz dos cabelos.

Espero sinceramente que o mundo mude amanhã

 

Novas regras

 E o nosso novo normal vai ser este nos próximos tempos. Com o crescimento exponencial de infectados era expectável que assim fosse.
 ...mas a miúda continua triste porque para todos os efeitos eu ainda não lhe posso dar beijinhos e fazer festinhas. Parte-me o coração não tocar na minha filha há 3 dias e enquanto permanecer em quarentena assim terá que continuar.

Quo Vadis update

 Eis que anteontem comecei com uma dor de cabeça chatinha que vai resistindo ao ben-u-ron e umas tonturas leves. Acordei no dia seguinte na mesma, mas a sentir-me bem. Fazem parte da minha existência muitos espirros e sensação de constipação iminente. Mas...dadas as circunstâncias da exposição directa ao vírus, reportei à autoridade de saúde e encaminharam-me para uma consulta. Saí de lá com mais uma maleita - tinha a garganta inflamada e vai daí até medicamentos me foram prescritos...mas não só. Não me safei do encontro imediato de terceiro grau com o cotonete gigante. Narina esquerda....esfrega. Narina direita....esfrega. Garganta....esfrega. Saí de lá com um surto de espirros que parecia que o mundo ia acabar. Oito horas depois, apenas oito horas depois recebi a SMS com o veredicto: “o resultado do Coronavírus SARS-Cov-2/COVID-19 é Não detectável (30/10/2020)” Desta vez o alívio, sobretudo pela minha filha. Passamos uma vida inteira a proteger os filhos e sentir que podia estar a co

So far...

 

Nova Realidade - Quarentena

 A nova realidade para muitos, e acredito que mais cedo ou mais tarde todos passaremos por isto. Estou em isolamento após contacto próximo com uma pessoa que testou positivo para COVID-19.  Para já não sinto nada digno de registo, mas estou atenta a qualquer alteração. Contactei a Saúde-24 e tenho que aguardar o contacto do Delegado de Saúde que pode demorar até 72 horas....ou até mais. Senti que de facto nesta parte o suporte poderia ser um pouco melhor. A minha filha como não teve contacto directo não está obrigada a permanecer em casa, pese o facto de eu ter grande possibilidade de estar contaminada e não saber. Mas enfim, nada como seguir os procedimentos e esperar.... Agora é altura para me preparar psicologicamente para deixar que me enfiem um cotonete gigante pela minha narina acima e só poder sair de casa quando o delegado de saúde da zona me der alta. O que espero: que não se passe nada de mais e que tudo isto passe depressa.
 

Quando eu pensava já ter visto de tudo...

  Sem comentários...

Guess what?

 Estou constipada, algo perfeitamente natural em mim nesta época do ano. Costumo ter febrões altíssimos mas, como tenho algumas estrelinhas no céu a olhar por mim, desta vez, para ninguém ter ideia de me enfiar um “cotonete gigante pela narina acima e furar-me um adenóide”, febre foi coisa que não me assistiu - portanto o máximo que vi no visor do termómetro nestes dias não foi além dos 36.1. Acho que nunca me aconteceu tal falta de febre na vida. Escusado será dizer que mesmo assim, sinto olhares de pânico de quem de mim se aproxima...agora deixamos de poder estar constipados porque pensam logo que andamos por aí a espalhar o vírus mortal.

Não me vou enervar

 Amanhã tem um evento das Guias e deve levar a Farda de Cidade. Já lá vão uns 7 meses desde a última vez que a vestiu. Fui-lhe experimentar a saia, just in case. Resultado: para lhe servir a miúda vai ter que encolher a barriga. Diz que é para 12 anos, mas deve ser pelo percentil da China! Portanto já lhe fazem falta umas botas, uns ténis e agora...a farda! Este COVID-19 fez crescer os miúdos!

Tema de conversa - motivos fúteis

 “Mamã, a dona Sílvia do portão da escola diz que eu ando sempre muito bem vestida!” Resposta azeda da mãe:  “Vamos lá ver se chega o dia em que a senhora diz que és muito educadinha!”  Assim como assim, já não infundo qualquer respeito porque se desmanchou a rir na minha cara.

22 anos de saudade

 Hoje é aquele dia que marcou uma mudança na minha vida, há 22 anos atrás. A partida da minha avó foi dolorosa e a sua existência é algo que jamais esquecerei. O passar dos anos dissipa talvez alguma emotividade ou o rolar das lágrimas pesadas. Agora verto-as de uma forma mais suave, mas a verdade é que a saudade, essa não tem fim. Quando até definhamos com saudades das coisas de que menos gostávamos numa pessoa, é de facto um grande amor. Continua a fazer-me muita falta minha querida avó.

Cúcú!!!

 Quem é que lhe resiste!?

6 meses depois

 É incrível, mas nisto se passaram 6 meses, longos, cheios de peripécias. E hoje foi o regresso às aulas de natação. Deu-me que pensar o regresso dela à actividade desportiva mas continuo a acreditar que tem mais a ganhar do que a perder. Na piscina tudo está a funcionar de forma diferente e se para mim já era um martírio estar naquelas bancadas à espera, a usufruir daquela atmosfera quente e húmida, fazê-lo com máscara...quase que não desejo ao meu pior inimigo. Não aguentei, tive que sair. A verdade é que as bancadas estavam vazias. Reduziram a frequência nas aulas para metade e aquele recinto tem menos movimento do que era habitual, mas dadas as circunstâncias é o possível. Ela estava radiante e eu acredito sinceramente que também esta actividade lhe estava a fazer muita falta para o equilíbrio emocional. 

Semana dolorosa

 É uma semana difícil e assim será para sempre. A dor da saudade não apazigua. Rimos, somos mais ou menos felizes, mas o nosso coração não esquece os que foram importantes, os que mudaram a nossa vida para melhor. E eu não tenho uma vida assim tão recheada de pessoas que me marcaram pela positiva, mas as que o conseguiram sem esforço não me saem da alma. A minha madrinha Guida partiu há 5 anos, num dia 22 de Setembro que amanheceu bonito, mas que fazia adivinhar o inevitável. Todos os dias eu ligava para aquele serviço de pneumologia e falava com a enfermeira. Naquele dia fartei-me de ligar e ninguém atendia o telefone. Tocou o meu algum tempo depois...foi aquilo que uma madrinha deve ser, esteve comigo nos meus momentos mais amargos, mas tá, em nos mais doces. Viu-me literalmente a ser mãe, e não fossem as dores físicas e reais que senti naquele longo trabalho de parto, atrever-me-ia a dizer que ela teria sofrido quase tanto quanto eu. Partiu cedo e deixou-me uma sensação de não lhe t

Vale o que vale, mas que assim continue

 

Deu-lhe para o sentimento

 Sinto uma festa nas costas, ao de leve, viro-me e diz-me ela assim: “Gosto muito de ti mãe!”  Não foi o normal mamã...foi antes um Mãe que lhe saiu das entranhas e que honestamente nunca me tinha soado assim.  Mas eu, emocionada por dentro, a dar uma de durona por fora, não fui em cantigas. “Gostas, mas às vezes não parece!” - anda numa fase irascível. Olhou para mim com aqueles olhos lindos que eu fiz, dizendo: “Isso é o meu feitio. Eu gosto mesmo muito de ti!” O que ela ainda não sabe é que, mesmo nos dias em que se porta pior, eu continuo a gostar dela daqui até à terra do sem fim.

Hoje foi o dia

 "Mãe, estas botas já não servem. E estas também não. Oh mããããeeeee, estes sapatos também não servem". Portanto uns botins, umas botas de cano alto e uns sapatos de carneira já eram. A este ritmo por um lado ela qualquer dia ultrapassa-me em altura e em tudo e eu, bem eu vou ter que ir para a porta de um ministério qualquer clamar por um subsídio, porque, como dizia a minha avó, a este ritmo, "vale mais sustentar um burro a pão de ló!

Pensamos que não, mas isto afecta

 A minha filha foi para o Centro de Estudos de manhã, feliz e contente, cantando e rindo, passo a expressão. Em plenas 09:52h telefonam-me de lá, mas como tinha ido tomar um café, não ouvi. Quando volto, lá vi a chamada perdida e devolvi a chamada - naquela fracção de segundos, gelei, fiquei lívida e só pensava: será que a miúda ficou com febre!?  Escusado será dizer que aqueles segundos me pareceram horas e quando me atenderam e disseram que estava tudo bem e tinha sido apenas para confirmar o número....suspirei de alívio. Não sou dada a histerismos, mas se receber telefonemas dos equipamentos de ensino quando eles lá estão já preocupa um bocado, nestes tempos até a pessoa mais optimista deste mundo, pensa duas vezes.
 Calculava que a mudança de escola e de dinâmica ia operar uma alteração estrutural na minha filha, mas nunca pensei que a miúda ficasse tão, mas tão entusiasmada com a mudança. "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", é certo, mas não me parece necessário que ela continue a acordar às 6 da madrugada, como se não houvesse amanhã. 

Retomar um gosto antigo

 Continuo a gostar imenso de cinema mas estas últimas desventuras que assolaram o mundo, até algo tão simples deixaram para segundo plano. Mas hoje foi dia de desanuviar e aproveitar para ver cinema em português. Sala com literalmente meia dúzia de pessoas, nada de proximidades a não ser com o meu par.  Um filme com interesse, nada de chorar por mais mas gostei, ou não fosse a primeira cena presentear-nos com uma Maria de Medeiros desgrenhada a dizer “Filho da ****”.

Indeed

   

O pessoal anda com medo, muito medo

 Fui encomendar a vacina da gripe, profilaxia que já tenho vindo a fazer há alguns anos. Até aí tudo certo. Fui ao sítio do costume. Tudo certo again.  A quantidade de pedidos de reserva antes do meu - fora do que é  normal. Costumo ir sensivelmente por volta desta altura e os pedidos tendem a ser poucos. Hoje, assustei-me com a quantidade de pessoas que já fez a sua reserva. Algumas centenas. Com Covid ou não, o pessoal anda a precaver-se. À falta de uma vacina, leva-se a da gripe que também é útil.

A boa vida, já era

 "Mamã, agora só temos intervalos de 10 minutos. Não dá para nada!" E a mãe tirana pensa: e já vais com sorte, ainda podia ser pior. Ai ai ai riqueza de sua mãe que ao longo da vida ainda vais ter muitas  dissabores.

Habemus Compendium

 

Esgotada e sem energia

 Mais um dia em que andei de um lado para o outro a propósito da escola da miúda. Levá-la à apresentação, esperar que os mandassem passar do portão da escola para dentro, voltar a correr para casa pois tinha uma reunião a decorrer e entrei atrasada, pausa. Disseram que a apresentação demoraria cerca de 90 minutos, portanto passados os 90 minutos lá fui eu buscá-la outra vez à escola. Mas não tardou apenas 90 minutos. Na verdade ultrapassou os 150... e eu à espera e o trabalho idem. As outras turmas que saíram todas antes, vinham acompanhadas pelos professores. Eu que não sou nada de ir a correr falar com eles, hoje, por questões de força maior, tinha mesmo que falar com a professora para esclarecer um assunto. A turma dela não saiu acompanhada pelas professoras. Pedi à funcionária que se encontrava no portão se era possível falar com a professora. Foram à procura da professora e eu....à espera, e o meu trabalho em suspenso, e eu...numa pilha de nervos, pois pensei que fosse tudo mais r

E lá foi ela

 Começa a verificar-se um certo ar de menina a tender para o crescido, malinha a tira-colo, pose com um certo ar de quem quer adolescer...a minha bebé lá foi para o quinto ano e eu só desejo que lhe corra tudo bem nesta nova etapa. Go Girl!

E é assim...

 Já a tarde ia longa, passava das 5 horas quando sai fumo branco pela chaminé da escola, qual Conclave cardinalício: Habemus Turmas! Os horários ainda estão no segredo dos deuses , mas pelo menos já consigo saber a que horas é que tenho que deixar a criança amanhã na escola e para que sala terá que se dirigir para ir conhecer aquela que vai ser a sua nova escola, as nova regras, burocracias e afins. Eu já percebi tudo; não me parece uma estrutura verdadeiramente organizada, mas tudo bem.  A miúda ficou contente com a turma - mantém 2 amigas do ano passado e conhece mais uns quantos colegas. Eu fiquei aliviada por ter calhado numa turma de 20 crianças. Há algumas com 28 e 30, o que me parece excessivo, mesmo sem Covid. É dificil transmitir conhecimento a uma multidão, sobretudo se forem desordeiros, mas é este o Sistema, e temos que saber viver com ele. Portanto, o que falta: horários, livros, quando é que iniciam mesmo as actividades lectivas, regras e procedimentos que é importante qu

E livros da miúda?.....nada

 Esse é outro issue. Pois que continuamos a aguardar serenamente pelo envio da encomenda dos livros escolares submetida no dia 31 de Agosto. Uma destas é que nunca me tinha acontecido. É que nem um único livro a criança tem para este início de ano lectivo. O Quo Vadis, perdão, Covid, está a ser utilizado para desculpa de muito falhanço, é o que digo!
A vida ensina-nos tanto. Ensina-nos a acreditar, a confiar e por vezes mostra-nos de muitas formas que a nossa jornada não é um mar de rosas e por vezes temos que nos reinventar, tropeçar e cair para depois nos levantarmos com novas ferramentas.  E nessa jornada lá vamos descobrindo quem vibra com as nossas conquistas, com a nossa felicidade e, quem também vibra com os nossos momentos menos bons - os abútres já se manifestam desde os tempos mitológicos, portanto cada vez faz mais sentido guardarmos para nós e para o nosso núcleo duro os nossos desaires e também as nossas vitórias.   

Escola - O regresso (episódio não sei quantos)

 Eu sabia que isto ia ser animado e por isso até sexta-feira da semana passada não me preocupei minimamente mas começando as aulas amanhã, não me parece estar a ser demasiado mãe galinha por achar que a esta hora já deveriam ter sido disponibilizados os horários e as turmas dos miúdos. O máximo que conseguimos foi uma tabela a informar que a apresentação dos quintos anos teria lugar dia 15/09 com início às 09:30 para a primeira turma, início das mesmas com intervalos de 15 minutos por turma, para não se concentrarem todos à mesma hora, iniciando a última turma às 15 horas. Ora isto é muito bonito, mas não sabemos as turmas. Os pais trabalham, têm a sua vida e era bem que pudessem organizar a sua agenda sem estarem à mercê dos serviços administrativos da escola do bairro. Eu tenho reuniões marcadas às quais tão pouco sei se poderei comparecer, à conta desta balbúrdia. Hoje, pelas 09 da manhã estou à porta da escola, já que saiu uma informação oficial a confirmar que as informações em fa

Aquelas crises de pré-idade

 Outros chamam-lhe adolescer...mas aqui em casa, tenhamos calma porque para chegar aos terríveis teen ainda falta um pouco. Nevertheless já começamos com uns dramas e crises existenciais, muitas. E eu que já tive que me suportar a mim própria e à minha irmã e agora lá terei que encontrar muita presença de espírito para a herdeira. Ontem devia estar com a mosca, mas nem me apercebi. Sei que deixei de dar por ela por volta das 7 da tarde, quando a chamei para jantar não apareceu e, tendo ido à procura de sua Excelência Reverendíssima, dei com ela a dormir profundamente. Isto é raro ocorrer fora de horas, mas a verdade é que foi até hoje de manhã. Sem jantar, sem ir à casa de banho...nada.  E eu, que sou um animal de hábitos dei comigo a ir ver de quando em vez se a miúda estava a respirar, porque continuo incrédula com esta vontade extrema de dormir sem dar cavaco. Está viva e recomenda-se by the way.

As maravilhas da fruta

 A minha filha acordou "doente". Doíam-lhe uma série de orgãos e partes do corpo, partes essas que nem ela sabia da sua existência...até hoje. Vá lá, não tinha febre. Foi comer 2 pêssegos fresquinhos e passou-lhe tudo. Passou a assintomática talvez. Restarão duvidas de que a fruta faz milagres!?

Uma das heroínas da minha infância

 A Senhora do lado esquerdo, que uns anos antes foi a “bomba” do lado direito, foi uma das heroínas da minha infância. Eu era miúda, nem adolescente seria e sentava-me expectante perante mais um episódio dos Vingadores. Aquilo era a sério e a dupla Emma Peel e John Steed passou por aventuras nos anos 60 que conseguiam agarrar qualquer miúdo dos anos 80/90 ao ecrã. E na minha memória a Diana Rigg ficou sempre em bom(ba). A vida é isto...todos partimos um dia e até chegar o nosso, procuremos viver o melhor possível. 

Das duas uma, ou as coisas nos últimos anos mudaram muito ou as pessoas estão a ficar um pouco impacientes

 A memória não me falha, e por isso tenho bastante presente que enquanto estudei tanto no ciclo como no liceu, era normal que a informação de turmas e afixação de horários decorresse sempre "à última da hora", quer isto dizer que acontecia na véspera das apresentações e muitas vezes mesmo ao final da tarde. Era o normal e estávamos habituados a isso. Pois que de há 2 semanas a esta parte acompanho o grupo de whatsapp das mães dos colegas de turma da primária da minha filha e as senhoras estão literalmente à beira de um ataque de nervos porque "ainda não saíram as turmas e os horários!" Mas por que raio é que o ser humano ocupa espaço mental com coisas que não têm grande relevância? E ligam para a escola, e vão à escola e estão numa busca desenfreada pela informação da turma perdida. Ou estarei eu a analisar mal as coisas e a ser negligente por não estar minimamente preocupada com a coisa? Ou estará a minha decisão de apenas ir amanhã à tarde à escola em busca dessa

E depois vem o MEC e trata as coisas pelos nomes

 
 Ela vai voltar à escola dentro de alguns dias, espero que regresse à natação em breve, pois tanta falta lhe faz aquele ambiente de competição saudável e aprendizagem de uma técnica que opera milagres na saúde dela, física e emocional. Talvez retomem a actividade nas Guias e uma série de outras rotinas que há 6 meses atrás eram ditas normais, e passaram a constituir um perigo considerável. Já dei comigo a pensar: e se houver contaminação no nosso círculo? Até aqui os nossos contactos sociais têm sido controlados e obedecendo às directrizes da DGS, mas as possibilidades de contágio estão à espreita. Por outro lado, a vida, embora não esteja do modo como a conhecíamos, continua, e a necessidade de trabalhar mantém-se, bem como todas as restantes vertentes que a compõem.  E ela está tão feliz por regressar à escola, e está tão mais feliz por ir para uma escola nova...e eu estou tão incrédula com a forma em como o tempo passou. 

Mais vale tarde do que nunca

 A frase não é minha, mas aplica-se. Ontem, e apenas ontem entrei numa loja para comprar os cadernos da minha filha. Não é nada habitual em mim esta atitude quase negligente de deixar as coisas para a véspera, mas os últimos meses têm sido tão tão tão...que foi o possível. Olho para trás e parece que se deu uma grande tempestade, não interessa se é tropical ou não, mas que fez com que uma série de coisas na minha vida se alterassem, desde algo tão fútil e inútil como a cor do cabelo até a aspectos com verdadeiro impacto e importância para a minha vida, enquanto mãe, profissional e mulher. E talvez por isso ande assim numa espécie de limbo, em que se misturam momentos de grande tristeza, com momentos de grande felicidade. E a vida não é mais do que isto, como diz alguém de quem gosto muito, a vida é um prodígio.
 

Habemus livros escolares

 E eis que pouco antes da meia-noite recebo o bendito e-mail a informar que os vouchers da miúda já tinham sido atribuídos. E lá fui eu fazer a encomenda e assim fiquei com menos uma coisa da to do list  em aberto. Quando é que chegam!? ....bom, isso já são outros quinhentos.

Em 10 anos...há coisas que nunca mudam

 Careca de saber que a miúda é hiperactiva e que não dá sossego...só que quando dá, a pessoa estranha. Vejamos, ontem um dia inteiro na praia. Comigo é algo raro de aguentar, mas o cenário era idílico, a companhia maravilhosa e a coisa deu-se. Claro que ficou mole, mas hoje de manhã quando acordou foi em pleno; a algazarra do costume. Mas eis que a meio da manhã “desapareceu”. Não estranhei, já que tem momentos em que muda de poiso e vai pregar para outras paragens, ou seja, o quarto dela. Mas estranhei a ausência de ruído. Fui ver...não vi nada, mas adivinhei um certo volume debaixo do edredão. Nem se mexia, estava tão cândida que dei comigo a ver se respirava....parecia a visão do céu! 

Olha que coisa mais linda...

 Mais cheia de graça É ela a menina, que vem e que passa  Num doce balanço a caminho do mar...

Deixar para trás um Agosto atípico e voltar à “rotina”

 Nos próximos tempos que se avizinham longos, a nossa realidade vai ser atípica e teremos que nos habituar à nova normalidade. Pensaríamos nós que uma situação destas iria ocorrer...talvez numa era mais afastada. A verdade é que sofremos alterações que nos fizeram passar a viver de outro modo. Têm sido meses atípicos, foram férias atípicas e avizinha-se um novo ano lectivo um pouco estranho. Tão estranho que a plataforma que emite os já famosos Vouchers ainda não desbloqueou os da escola da minha filha - portanto se nesta altura já costumo ter livros forrados e o material todo em ordem, este ano está a ser um flop.  Não que a não emissão dos vouchers implique com o resto, mas a vontade de levar tudo à frente quando o resto falha...não me está a assistir neste momento. Talvez amanhã que já será Setembro, comece activamente a preparar as coisas da miúda, a encomendar pelo menos os livros de apoio, já que, tendo que os pagar na mesma, podem ir chegando, independentemente dos restantes. E

Claudia - 50 Anos

Aprecie-se ou não o género, a Claudia será sempre a Claudia. Das melhores de sempre e que aos 50 continua a manter aquela candura com um certo magnetismo. E ela faz 50 anos e continua perfeita. E eu...longe deste tipo de perfeição, envelheço também.

Aqueles mimos que a mãe compra para quando ela regressar das férias com o pai ter ainda mais mimos

 

Dias de luz...

  Nazaré 
Pedro Chagas Freitas

O pleno atinge-se quando finalmente o amor-próprio se manifesta e...um grande amor também

 

É mais por aí

 

A evolução do meu peso nos últimos dias

 Estou no bom caminho 🙂

Quem nunca passou por isto!?

  ...e sentiu as tais borboletas....

Resolução (não cumprida) do dia

 Tinha decidido que hoje iria ao ginásio. Porque já há algum tempo que não lá vou, porque preciso, porque interiorizei que estou com excesso de peso....e isso não é para mim. Pus-me na ronha e não fui, pelo que amanhã terei que ir sem qualquer discussão. Quanto ao excesso de peso, embora não se trate de algo exagerado, tenho a perfeita noção que ultrapassei os meus standards e não gosto de estar assim, de me sentir mais pesada. A verdade é que apraz-me saber que ainda tenho algum controlo na situação e a verdade é que sem esforço e em pouco mais de uma semana perdi um pouco mais de 3kgs. Preciso de deixar para trás mais uns quantos mas sinto-me no bom caminho e para já sem necessidade de recorrer a nutricionistas, dietas caríssimas com alimentos desidratados e afins. Espero manter-me assim.

Que duelo!

Moro, Lula, Bolsonaro. Eleição de 2022 pode reunir trio de inimigos - DN : Caso o Supremo decida, como parece plausível, que o ex-juiz, ele próprio pré-candidato, foi parcial no julgamento do antigo presidente, este será ilibado e estará habilitado a concorrer num sufrágio em que o atual inquilino do Palácio do Planalto tentará a reeleição

Manuais Escolares

 A modalidade de termos direito aos manuais escolares gratuitos, até alguém vir dizer que isto tem um grande impacto no OE, é de valor. Feitas as contas e tendo que desembolsar “apenas” os valores para os livros de apoio, vou gastar cerca de 75€. Se assim não fosse e tivesse que pagar a totalidade da factura, seria mais do dobro. Agora é aguardar pelos tão esperados vouchers e encomendar a literatura que vai acompanhar a miúda durante os próximos meses.
 Hoje fomos renovar o cartão de cidadão. Já assinou, muito orgulhosa, decidiu abreviar o nome e não o escrever por completo....e mede 1.40. Daqui a 30 centímetros já me alcança. Há 10 anos fazíamos o primeiro e ainda nem a cabeça segurava. Passou tão pouco tempo desta minha bebé menina, e tantas etapas já passaram.

Quando o cenário é lindo e o que está por detrás também

Em conversa com a minha irmã lá voltámos às memórias trágicas recentes. Faz hoje 2 meses que perdemos o nosso pai. Cada uma com a sua ligação distinta face a ele, mas com muito boas memórias. Foi um piscar de olhos e está tudo muito fresco. Tão fresco que por vezes ainda surge aquele acto de pegar no telemóvel para lhe ligar...e depois os pés prendem-nos ao chão e fazem-nos voltar à realidade que o voltaremos a ver em breve, talvez numa outra dimensão. Eu gostava dele, muito e ambos sabíamos disso, mas agora começo a perceber a dimensão desse gostar e é muito maior do que pensei. Vou sentir a falta dele para sempre.

Está a ficar com gostos pouco refinados

E agora quer que lhe compre estas pérolas. Podia querer uns ténis mais bonitos...digo eu 🤔

So true