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 Está a ser um ano infernal. Muitas coisas menos boas a acontecer mas sobretudo a perda de pessoas próximas. Nunca pensei ao entrar neste ano de números redondos que o meu padrasto nos deixasse e com tanto sofrimento. Nunca pensei que a nossa aparente acalmia fosse culminar nestes tempos pandémicos e conturbados. Nunca pensei noutras coisas que surgiram e que tive e tenho que lidar com elas. 

E parece que a dinâmica é geral. Tenho assistido ao desaparecimento em catadupa de pais e mães de pessoas amigas e/ou conhecidas. Parece que estamos todos no mesmo grupo de tristeza e desolação. Estamos todos a perder...pessoas que nos são queridas, alguns sonhos, sorrisos, alegria, brilho, tempo, tempo com os nossos...e isso deixa-me triste.

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 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

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 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...