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Gostos não se discutem

Tirando aqueles que "chutam para a veia" e que honestamente mereciam vários pares de estalos e abanões por atentarem contra as próprias vidas, destruírem famílias, etc., eu devo ser das poucas pessoas que vai atrás da bela da injecção.

Se me perguntarem se gosto da sensação, digo já que não, tirando o facto de que quando a minha rica avozinha era viva, era ela quem me tratava da saúde e eu não sentia nada - mas, de resto, não gosto. Dizer que dói horrores, não digo, porque de facto não dói, a não ser do que já experimentei, a Penicilina e as primeiras gotas de soro, quando temos que o levar, porque também passa logo. O soro porque é salgado, a penicilina porque se trata de um liquido muito grosso e claro que a entrar no músculo, é dose. Mas vai muito de quem dá. A minha avó não fazia doer quase nada, e já tive a sorte de apanhar mais um ou outro enfermeiro, que foram verdadeiros artistas na arte de dar a pica - o pior é mesmo depois.

Mas eu, como até já tive uma criança com mais de 4 quilos e parto normal, acho que depois disso, aguento quase tudo e então, dou-me ao luxo de ir atrás da picadela. Já me estou a começar a sentir frágil com este tempo e sei que os meus estados gripais, pneumológicos e afins começam a aparecer em meados de Outubro e cessam na Primavera. Não me posso dar ao luxo de estar de baixa, não tenho quem trate de mim em casa, pelo contrário tenho que tratar de um gato e de um Unicórnio Fêmea de cor magenta, portanto já fui "knockar at the pharmacy door" de receitinha de Influvac Tetra na mão para despachar o assunto. Mas a dita cuja ainda não chegou à farmácia e eu mais dia menos dias apanho uma, que nem me endireito. Bom, depois posso sempre "knockar at the hospital door" e levar uma dose de Penadur - o que eu não faço por uma pica.

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