Enquanto mãe estou a passar por essa experiência neste momento, mas com a diferença de 10 anos e meio que faço com a minha irmã, tenho bem presente esta fase dela.
Digamos que as crias, aí a partir dos 2 anos e creio que até aos 5/6 são do melhor que há.
A curiosidade aguçada, aquelas saídas que nos deixam de cara à banda, o toque de irreverência em que enquanto mãe/educadora tenho que a pôr em sentido e perguntar afinal quem é que manda na capoeira.
Está a desenvolver defeitos que eu abomino, nomeadamente o da desarrumação; é certo que tem mais coisas do que aquelas de que necessita, muitos brinquedos, jogos e afins e eu estupidamente ao início deixei-a ter acesso livre às coisas - errado, mesmo estando lá, as coisas têm que ser racionadas, porque se a fartura é muita, perde-se a noção de espaço e é tudo ao molho.
Não gosta de arrumar, pois, não gosta! É mais fácil e mamã ir e colocar tudo no lugar; nessas alturas dói-lhe sempre qualquer coisa, ou várias ao mesmo tempo, tem vontade de ir à retrete, pergunta-me se já não está na hora do banho, etc. A esta vertente, não acho piada, de todo. Portanto agora passámos à fase da mãe megera que não a deixa brincar com os brinquedos só porque sim, e as falhas saem caras - ficam lá a olhar para ela do alto da prateleira mais alta e quer-me parecer que vou ter um dejá vù e reportar-me à idade dela, há 33 anos atrás, em que os meus brinquedos desapareceram e vieram a aparecer meses depois no Rossio!?
Quer-me parecer que ela não vai engolir a tramóia, mas tem que ser, caso contrário virar escrava da minha própria filha não me parece que seja proveitoso para mim e muito menos para ela.
Mas abordando a parte gira, diariamente concluo que nunca fui tão beijada na minha vida e nunca tive tantas demonstrações de carinho e afecto até ter sido mãe desta criança, actos esses infligidos pela própria.
O que tem de tresloucada e espalha-brasas, tem de meiga e ternurenta; sai à mãe diz a avó; eu não era de todo tresloucada, mas era um "pote de mel".
Fala de quase tudo, percebe tudo o que se diz, e já me colocou questões daquelas em que se impõe uma resposta verdadeira mas...com conta, peso e medida, porque a cabecinha ainda tem muito que apreender.
Aqui há uns dias afirmou que eu não gosto de uma dada criatura, depois insistiu e acabou por perguntar; respondi-lhe com a verdade e disse que não.
Porquê!? - não valia a pena estar com demais rodeios e lá lhe levantei a ponta do véu; porque me fez um dói-dói e agora acabou-se a história porque falaremos dela mais tarde, tá bem?
Ficou esclarecida.
Agora está na fase dos nomes completos, e que o carro da mãe é o maior, e que a mãe é a mais linda e é só dela - comportamentos um pouco "edipianos", mas sendo o modelo dela, não estranho.
Parto-me a rir, quando estou zangada com ela e lhe digo algo do género, "ai que chata filha", ela responde:
- Nana, não sou chata. Sou a ** Benádinha! (a forma tosca de dizer um dos apelidos dela).
Digamos que as crias, aí a partir dos 2 anos e creio que até aos 5/6 são do melhor que há.
A curiosidade aguçada, aquelas saídas que nos deixam de cara à banda, o toque de irreverência em que enquanto mãe/educadora tenho que a pôr em sentido e perguntar afinal quem é que manda na capoeira.
Está a desenvolver defeitos que eu abomino, nomeadamente o da desarrumação; é certo que tem mais coisas do que aquelas de que necessita, muitos brinquedos, jogos e afins e eu estupidamente ao início deixei-a ter acesso livre às coisas - errado, mesmo estando lá, as coisas têm que ser racionadas, porque se a fartura é muita, perde-se a noção de espaço e é tudo ao molho.
Não gosta de arrumar, pois, não gosta! É mais fácil e mamã ir e colocar tudo no lugar; nessas alturas dói-lhe sempre qualquer coisa, ou várias ao mesmo tempo, tem vontade de ir à retrete, pergunta-me se já não está na hora do banho, etc. A esta vertente, não acho piada, de todo. Portanto agora passámos à fase da mãe megera que não a deixa brincar com os brinquedos só porque sim, e as falhas saem caras - ficam lá a olhar para ela do alto da prateleira mais alta e quer-me parecer que vou ter um dejá vù e reportar-me à idade dela, há 33 anos atrás, em que os meus brinquedos desapareceram e vieram a aparecer meses depois no Rossio!?
Quer-me parecer que ela não vai engolir a tramóia, mas tem que ser, caso contrário virar escrava da minha própria filha não me parece que seja proveitoso para mim e muito menos para ela.
Mas abordando a parte gira, diariamente concluo que nunca fui tão beijada na minha vida e nunca tive tantas demonstrações de carinho e afecto até ter sido mãe desta criança, actos esses infligidos pela própria.
O que tem de tresloucada e espalha-brasas, tem de meiga e ternurenta; sai à mãe diz a avó; eu não era de todo tresloucada, mas era um "pote de mel".
Fala de quase tudo, percebe tudo o que se diz, e já me colocou questões daquelas em que se impõe uma resposta verdadeira mas...com conta, peso e medida, porque a cabecinha ainda tem muito que apreender.
Aqui há uns dias afirmou que eu não gosto de uma dada criatura, depois insistiu e acabou por perguntar; respondi-lhe com a verdade e disse que não.
Porquê!? - não valia a pena estar com demais rodeios e lá lhe levantei a ponta do véu; porque me fez um dói-dói e agora acabou-se a história porque falaremos dela mais tarde, tá bem?
Ficou esclarecida.
Agora está na fase dos nomes completos, e que o carro da mãe é o maior, e que a mãe é a mais linda e é só dela - comportamentos um pouco "edipianos", mas sendo o modelo dela, não estranho.
Parto-me a rir, quando estou zangada com ela e lhe digo algo do género, "ai que chata filha", ela responde:
- Nana, não sou chata. Sou a ** Benádinha! (a forma tosca de dizer um dos apelidos dela).
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