A propósito da pequena "Maria", loira com olhos verdes, que tinha sido raptada, mas ao que parece foi "vendida" pelos pais que são ciganos
Tenho a dizer sobretudo o seguinte:
Continua a saber-se muito pouco acerca dos conceitos de raça e etnicidade, daí pensarem ser impossível um casal cigano ter um filho loiro...já nem vou para os campos da genética. Preconceito mesquinho!
E agora lembrei-me de um pormenor perfeitamente delicioso; a minha filha nasceu com o cabelo liso e manteve-o assim até perto dos 9 meses, altura em que começou a ganhar mais força e volume e a encaracolar gradualmente. Até ficar o cabelo maravilhoso que ela tem hoje que não deixa de ser muito curioso - apesar dos cachos e caracóis completamente definidos, a raiz dela é totalmente lisa - impressionante.
Neste contexto, quando o cabelo começou a ganhar a sua verdadeira forma, o progenitor da minha filha, numa das poucas frases que trocamos perguntou-me se o cabelo dela ia ficar assim, ou "igual" ao meu; ri-me por dentro, confesso - por pormenores aqui a ali fui percebendo ao longo do tempo que a minha negritude o passou a incomodar, tal como incomoda à família da Galmudas e afins - mas é a vida, a Bébécas existe, e o meu código genético, está lá, e gosto de mim como sou. A beleza física que tanto me fazem crer que tenho (estou prestes a acreditar) deve-se exactamente à minha mistura de raças e à forma equilibrada como acabei por sair, e isso é maravilhoso.
Mas voltando à cena do cabelo da Bébécas, não deixa de ser interessante que um progenitor, até com a possibilidade da filha ter carapinha se incomoda - como as pessoas mudam, ou melhor, como as pessoas vão revelando a sua verdadeira essência ao longo do tempo.
Pois sim, tenho então a dizer que a minha mistura foi tão bem feita, que, na minha farta cabeleira, tanto nascem cabelos lisos, que nunca chegam a frisar, nasce carapinha, nascem cabelos castanhos e loiros - é verdade. Desfriso o cabelo há muitos anos, mas também durante muitos anos usei o meu cabelo curto e estilo Afro e nada me garante que não o volte a fazer; são fases apenas.
Mas não, descansem-se as criaturas com espinhas rácicas enterradas na garganta, que a Bébécas não tem carapinha, mas é só por acaso; e tal como a menina cigana, podia muito bem ser loira e ter olhos azuis; apenas não calhou.
Valha-nos a falta de cultura, até de jornalistas que optaram por dar as primeiras notícias do caso "Maria" da forma como o fizeram.
Continua a saber-se muito pouco acerca dos conceitos de raça e etnicidade, daí pensarem ser impossível um casal cigano ter um filho loiro...já nem vou para os campos da genética. Preconceito mesquinho!
E agora lembrei-me de um pormenor perfeitamente delicioso; a minha filha nasceu com o cabelo liso e manteve-o assim até perto dos 9 meses, altura em que começou a ganhar mais força e volume e a encaracolar gradualmente. Até ficar o cabelo maravilhoso que ela tem hoje que não deixa de ser muito curioso - apesar dos cachos e caracóis completamente definidos, a raiz dela é totalmente lisa - impressionante.
Neste contexto, quando o cabelo começou a ganhar a sua verdadeira forma, o progenitor da minha filha, numa das poucas frases que trocamos perguntou-me se o cabelo dela ia ficar assim, ou "igual" ao meu; ri-me por dentro, confesso - por pormenores aqui a ali fui percebendo ao longo do tempo que a minha negritude o passou a incomodar, tal como incomoda à família da Galmudas e afins - mas é a vida, a Bébécas existe, e o meu código genético, está lá, e gosto de mim como sou. A beleza física que tanto me fazem crer que tenho (estou prestes a acreditar) deve-se exactamente à minha mistura de raças e à forma equilibrada como acabei por sair, e isso é maravilhoso.
Mas voltando à cena do cabelo da Bébécas, não deixa de ser interessante que um progenitor, até com a possibilidade da filha ter carapinha se incomoda - como as pessoas mudam, ou melhor, como as pessoas vão revelando a sua verdadeira essência ao longo do tempo.
Pois sim, tenho então a dizer que a minha mistura foi tão bem feita, que, na minha farta cabeleira, tanto nascem cabelos lisos, que nunca chegam a frisar, nasce carapinha, nascem cabelos castanhos e loiros - é verdade. Desfriso o cabelo há muitos anos, mas também durante muitos anos usei o meu cabelo curto e estilo Afro e nada me garante que não o volte a fazer; são fases apenas.
Mas não, descansem-se as criaturas com espinhas rácicas enterradas na garganta, que a Bébécas não tem carapinha, mas é só por acaso; e tal como a menina cigana, podia muito bem ser loira e ter olhos azuis; apenas não calhou.
Valha-nos a falta de cultura, até de jornalistas que optaram por dar as primeiras notícias do caso "Maria" da forma como o fizeram.
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