Avançar para o conteúdo principal

Afectos


Os afectos no meu ponto de vista são formas de demonstrar sentimentos e emoções, diga-se de passagem, pelo lado positivo.
Isto porque maus sentimentos e más emoções são totalmente contrários à possibilidade de existência de afectos.

Temos a sorte de poder ao longo da vida desfrutar dos afectos dos nossos pais, que são sem dúvida (quando temos bons progenitores/as) os melhores e mais desinteressados, os dos amigos (que vão e vêm, mas poucos se mantêm), os da restante família e os daqueles que escolhemos para fazer parte do nosso núcleo familiar - esses também vão e vêm, e cada vez com mais leviandade e irresponsabilidade.

Pois que hoje apetece-me e sinto uma imensa vontade em enaltecer as qualidades do meu honey.
Já nos conhecemos, a um nível total e completamente desinteressado há uns anos e mesmo antes de nos conhecermos, tal facto não aconteceu por mero acaso, pois alguns factos que correspondem ao passado das nossas vidas cruzam-se e de que maneira.

Não posso dizer que fossemos amigos, não tinhamos essa ligação, mas dadas as circunstâncias nutriamos respeito, admiração e companheirismo um pelo outro.

Pois que dado o facto do que me aconteceu há um ano atrás, altura em que o progenitor da minha Bébécas que tinha uma relação comigo há 2 anos e viviamos juntos e tudo aquilo que é normal, decidiu arranjar a tal galdéria de que às vezes falo, e me abandonou com uma barriga de cerca de 7 meses e meio (prestes a dar à luz), a minha filhota entretanto nasceu, escorreita e maravilhosa (apesar dos riscos que corremos as duas mais uma vez imputados pelo irresponsável e mal formado do progenitor), andei ali uns tempos cheia de problemas, só e com uma bebé recém-nascida nos braços a depender inteiramente de mim e do meu carinho e eis que o honey entra na minha vida de uma forma tão simples e tão bonita.

Uma vez que somos completamente indissociáveis uma da outra, deu-nos a atenção que merecíamos naquele momento tão frágil, começou a acompanhar-me nas pequenas coisas do dia-a-dia, e o simples gesto de me dar a mão enquanto eu segurava na Bébécas quando ia às vacinas, o fazer questão de empurrar o carrinho enquanto me acariciava o rosto, o orgulho patente nele sempre que "desfila" connosco pela rua e lhe dizem que tem uma família linda, o facto de todos os dias 4 de cada mês me dar os parabéns por ter sido Mãe e por ter dado à luz o ser maravilhoso que é a nossa Bébécas Tinkerbell...a forma carinhosa como a sua família nos "adoptou" e vêem na Bébécas a neta, a sobrinha que sempre desejaram...

...enfim, estaria aqui um dia inteiro a relatar e enaltecer a importância que os afectos do honey têm na minha existência e sobretudo na existência dela, que é o centro do nosso mundo.
A estabilidade emocional que nos proporciona, o carinho, o respeito, amor...e olhar para ele e lamentar o facto de não nos termos cruzado deste modo há mais tempo, pois ter-se-ia evitado tanto sofrimento, mas ao mesmo tempo agradecer o facto de termos a possibilidade de estar juntos e absorver cada momento, cada segundo, cada instante.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...