Avançar para o conteúdo principal

Coisas de pele

Não sei se por sorte ou azar, a minha pele não é má. Quando era mais nova, era extremamente seca e tive de facto uma mãe extremosa no sentido de tudo fazer para que os danos colaterais fossem reduzidos. Não invalida que tivesse algumas vezes que usar cortisona, pois de tão seca que era, abria feridas, sobretudo nas bochechas e por detrás das orelhas e a dermatologista, não dava outra hipótese.

A verdade é que uma ervilha de cortisona fazia milagres em meia hora, mas com o mal que aquilo faz, era só mesmo em último caso.

Sendo a genética algo extraordinariamente interessante, mas para o lado mau, é algo penoso, quis o destino que a minha filha viesse exactamente igual e ao primeiro mês de vida lá fui com ela a correr à médica pois tinha o pescoço e a a tal zona das orelhas quase em carne viva, no Inverno abria autênticos buracos nas bochechas e o tratamento que lhe foi prescrito, foi o mesmo que eu tinha feito, há mais de 30 anos atrás.

O facto é que, apesar de tudo, e ainda hoje a pele dela requerer muitos cuidados, a situação está muito mais controlada do que a minha com a idade dela, pese embora o que invisto em cremes da Uriage, solução que prefiro diariamente, a meia hora que seja de cortisona.

O facto é que tendo a pele seca, nunca tive acne, e tenho a pele de uma maciez fascinante. E não sou eu que digo. Daqui a dias já cá cantam 41, e de facto é de uma suavidade ao toque, que não é para todos. E desengane-se quem pense que trato muito bem dela. Não que me faltem os cremes certos, mas mesmo por preguiça e falta de tempo - o que na realidade é absurdo, porque demoro 5 minutos de manhã e outro tanto à noite para fazer o meu ritual.

Ainda assim, no Inverno sou muito mais disciplinada - com o frio sinto a pele muito seca e a repuxar e é o mote para aplicar o leite de limpeza com a máquina, limpar com o tónico, colocar o sérum, depois o creme de dia/noite, o de olhos e por fim o creme hidradante. Parece uma imensidão, mas não leva mais do que 5 minutos e de facto, ainda que mesmo quando não o faço a minha pele receba os devidos elogios de quem percebe, quando lhe dedido os tais minutos, fica literalmente resplandecente. Parece que tenho menos 10 anos, é mágico.

Mas o curioso é que não percebo o fenómeno de uma pele que foi quase toda a sua vida seca, ter passado com a mudança de idade a mista, ou seja, seca nas bochechas e pescoço, e a tender para o moderado com ligeira oleosidade na zona T. Valha-nos a cosmética que se antecipa a esses dilemas.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...