Hoje, Dia da Mãe, acabada de chegar a casa e ver uma reportagem na SIC relativa à iniciativa que a Câmara de Lisboa teve ao oferecer à primeira criança nascida hoje na MAC cuja família tem dificuldades económicas, olhar para a televisão porque a voz que falava me era familiar e ver o Dr. C. Barros que foi um dos clínicos que participou na equipa que me fez o parto da Rita...foi uma delícia.
Vi aquele homem várias vezes naquele dia 04 de Julho de 2010; ao princípio muito descontraído e meiguinho comigo, ao fim de cerca de 13 horas já ele próprio denotava um relativo stress e preocupação.
Eu olhava para o CTG e via que o batimento cardíaco da bebé estava normal, mas a minha preocupação era extrema; e ele, tal como todos os outros, entre os quais a Dra. Inês tranquilizavam-me, a bebé estava óptima, mas às tantas ele próprio respondeu-me que o motivo da preocupação dele era eu própria.
...lembro-me que nessa altura disse que se tivessem que "salvar" alguém que fosse a bebé, que não se preocupassem comigo, pois as minhas forças tinham-me abandonado completamente e por momentos eu própria achei que algo ia correr muito mal...e chorei, um choro silencioso e das últimas coisas que disse antes deles terem conferenciado acerca do que iria acontecer a seguir foi...eu não consigo mais.
E o Dr. C. Barros olhou para mim com todo o carinho e disse apenas: não chore minha querida, de facto não consegue mas nós estamos aqui para dar uma ajuda.
Aí o meu batimento cardíaco reduziu um pouco, tive desmaios, puseram-me oxigénio, enfim, dei comigo a ser encaminhada para o bloco cirúrgico, houve um atraso de escassos minutos por parte do anestesista (que também foi um médico excepcional) e lembro-me daqueles últimos momentos, de sentir frio, medo, de me sentir só e de pensar que não ia ver a minha bebé....entretanto vieram os fórceps, o bloco cirúrgico cheio de médicos, correram com as enfermeiras....não sei quanto tempo passou, mas quando dei por mim estava a ser mimada e acarinhada e todos eles me davam os parabéns, que estava a ser uma heroína e que a minha Bébécas era linda.
O Dr. C. Barros e todos os outros a acariciarem-me, e eu a agarrar nas mãos dele e a agradecer tudo o que tinham feito por mim e pela minha filha; foi um momento muito doce, muito terno que jamais esquecerei.
No fim diz-me o Dr. assim: foi de facto uma heroína, foi um parto muito complicado, mas acabou em bem e dê também um beijinhos àquelas duas minhas colegas que fizeram tanta força como a minha querida para que tudo corresse bem.
Tenho os rostos deles todos gravados na minha memória e no dia de hoje, ligar a televisão e vê-lo assim, inesperadamente fez-me sentir que há de facto qualquer coisa de muito grandioso por detrás da nossa existência.
Depois do dia maravilhoso que tive hoje ver uma das pessoas que contribuiu para o nascimento da minha filha, foi dos maiores presentes que eu poderia receber.
Bem hajam!
Vi aquele homem várias vezes naquele dia 04 de Julho de 2010; ao princípio muito descontraído e meiguinho comigo, ao fim de cerca de 13 horas já ele próprio denotava um relativo stress e preocupação.
Eu olhava para o CTG e via que o batimento cardíaco da bebé estava normal, mas a minha preocupação era extrema; e ele, tal como todos os outros, entre os quais a Dra. Inês tranquilizavam-me, a bebé estava óptima, mas às tantas ele próprio respondeu-me que o motivo da preocupação dele era eu própria.
...lembro-me que nessa altura disse que se tivessem que "salvar" alguém que fosse a bebé, que não se preocupassem comigo, pois as minhas forças tinham-me abandonado completamente e por momentos eu própria achei que algo ia correr muito mal...e chorei, um choro silencioso e das últimas coisas que disse antes deles terem conferenciado acerca do que iria acontecer a seguir foi...eu não consigo mais.
E o Dr. C. Barros olhou para mim com todo o carinho e disse apenas: não chore minha querida, de facto não consegue mas nós estamos aqui para dar uma ajuda.
Aí o meu batimento cardíaco reduziu um pouco, tive desmaios, puseram-me oxigénio, enfim, dei comigo a ser encaminhada para o bloco cirúrgico, houve um atraso de escassos minutos por parte do anestesista (que também foi um médico excepcional) e lembro-me daqueles últimos momentos, de sentir frio, medo, de me sentir só e de pensar que não ia ver a minha bebé....entretanto vieram os fórceps, o bloco cirúrgico cheio de médicos, correram com as enfermeiras....não sei quanto tempo passou, mas quando dei por mim estava a ser mimada e acarinhada e todos eles me davam os parabéns, que estava a ser uma heroína e que a minha Bébécas era linda.
O Dr. C. Barros e todos os outros a acariciarem-me, e eu a agarrar nas mãos dele e a agradecer tudo o que tinham feito por mim e pela minha filha; foi um momento muito doce, muito terno que jamais esquecerei.
No fim diz-me o Dr. assim: foi de facto uma heroína, foi um parto muito complicado, mas acabou em bem e dê também um beijinhos àquelas duas minhas colegas que fizeram tanta força como a minha querida para que tudo corresse bem.
Tenho os rostos deles todos gravados na minha memória e no dia de hoje, ligar a televisão e vê-lo assim, inesperadamente fez-me sentir que há de facto qualquer coisa de muito grandioso por detrás da nossa existência.
Depois do dia maravilhoso que tive hoje ver uma das pessoas que contribuiu para o nascimento da minha filha, foi dos maiores presentes que eu poderia receber.
Bem hajam!
Comentários
Bj grande para ti