Avançar para o conteúdo principal

aDEUS Moçambique, Olá S. Tomé

Após o falecimento do meu afilhado Benjamim, não pensei duas vezes e decidi continuar ligada à causa; era e é o meu dever e é algo que faz bem às crianças que tanto precisam.

Deste modo, já me foi "apresentado" o meu segundo afilhado, já que o Benjamim viverá para sempre na minha memória e no meu coração; é um menino também, tem 4 anos, chama-se Moreno e vive numa roça em S. Tomé.

Tem um ar muito doce, ainda que revele tanta pobreza e necessidade tal e qual o Benjamim. O olhar dele é muito meiguinho embora já me tenham revelado que também ele tem uma saúde frágil. Espero poder ajudar a proporcionar-lhe uma vida melhor e a perspectiva de que o dia de amanhã seja sempre um pouco mais feliz.


Comentários

Anónimo disse…
Sou tua fã!
Brown Eyes disse…
Olá :) Antes de mais quero agradecer a tua sempre profunda generosidade para comigo e as tuas palavras que me enchem o coração; és uma pessoa extraordinária.

Quanto ao resto, limito-me apenas a seguir o meu coração sabes!? Já escrevi um livro (considero que a minha tese foi e é um grande livro), já plantei mais do que uma árvore e já tive uma filha.
E depois, quando não houver mais nada, o que é que eu levo daqui, ou que recordações podemos deixar!?
É tudo tão efémero, tão inglório, que o sentir-me útil a quem tem tão menos do que eu, é o mínimo que posso fazer para sentir que, ao meu parco modo, consigo fazer disto um mundo melhorzito.

Não é nada comparado com verdadeiros mecenas que ainda existem por aí, mas para mim é tão importante ter estas crianças lá longe que dependem também um pouco de mim, como garantir um futuro melhor à minha filha.

Há quem diga que os nossos filhos, na realidade não são nossos; são um empréstimo, e cabe-nos a nós guiá-los, transmitir-lhes valores, educação e dar-lhes muitos afectos.
Mas se nós tivermos atenção, o nosso coração, basta nós querermos, tem capacidades exponenciais, e podemos sempre fazer também a diferença àqueles que não nos tendo sido directamente "emprestados", também fazem parte do nosso mundo.

Ser madrinha do Benjamim ensinou-me muitas coisas, a morte dele, apesar de mo ter tirado, também me deu tantas outras e reconforta-me o coração saber que pelo menos eu consigo fazer um pouco de mudança.

E, quem sabe, desconte um pouco nos meus pecados; não que eu o faça com essa intenção, como é óbvio;-)

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...