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Surtos

Tenho surtos alérgicos desde sempre, aliás, acredito que haja uma propensão genética na família para tal. A minha mãe assim é, eu e a minha irmã idem, a minha filha, aspas. A miúda quando nasceu, antes de chorar acredito que tenha espirrado e bem. Sei que a escassas horas após o nascimento ela deu uns dois ou três espirros, chamei a enfermeira e disse-lhe: “Sra. Enfermeira, a bebé nasceu constipada, está a espirrar imenso, já estou aflita.”

Claro que foi o momento lúdico do meu recobro. Lá me descansaram e disseram que a miúda estava óptima, puseram-lhe um bocadinho de soro fisiológico no nariz e eu lá me habituei desde sempre a ter uma filha susceptível a ter alergias a muita coisa.

Hoje para mim foi dia de surto. Não consegui almoçar, espirrei mais de 500 vezes, doem-me as costas...nada a que já não esteja habituada, na minha rotina. Pois que a minha mãe ligou-me, ouviu que a minha voz, era a voz de surto, já me conhece há 42 anos for Christ sake, mas mesmo assim saiu de lá um:

“Ai valha-me Deus, o que é que eu faço agora à minha vida filha, queres ver que apanhaste isto!?”

Nós tentamos levar toda esta conjuntura de uma forma a roçar o “vai ficar tudo bem”, mas estes devaneios não ajudam em nada. Tanto que não ajudam, que após ter desligado o telefone dei comigo a ir buscar o termómetro para me certificar que não tinha febre! Não, não vamos enlouquecer com isto.

PS: Não só não tinha febre, até estava mais fresca do que a temperatura que me é habitual, como o anti-histamínico já fez efeito e já me sinto bem melhor.

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