Avançar para o conteúdo principal

O que me apetecia agora

Era aquele fantástico bolo de bolacha que a minha mãe fazia quando eu era pequenina; há anos que não o faz, pelo menos para mim, e agora era mesmo o que me sabia bem.

Há iguarias que de facto só feitas pela minha mãe...e as rabanadas da minha avó...que saudades; hoje era o que me apetecia, iguarias das minhas mulheres mais amadas.

É que chatices à parte, e diferenças de feitio, e isto e aquilo, a minha mãe tem qualidades que não é comum encontrar num ser humano, e a minha avó tinha muitas mais, sem dúvida.

Viver com a minha mãe ali no dia-a-dia não é fácil, eu própria também não sou uma pessoa fácil e chocamos, digo em brincadeira que os chifres do carneiro se baralham com as setas lançadas pelo centauro e vice-versa.

Mas também foi por isso, pela relação de amor e choque que temos uma com a outra, que a Bébécas tem como primeiro nome, o nome da avó e como primeiro apelido, o apelido da bisavó - foi uma das formas que encontrei para perpetuar o legado destas minhas duas mulheres que são e serão sempre tão importantes para mim.

...mas que a minha mãe às vezes tem coisas que me "irritam", lá isso tem. Curiosamente quando vivíamos juntas e eu era adolescente não me segurava sem responder torto, com a idade, a distância que a seu tempo tivemos uma da outra e o facto de a respeitar acima de tudo, sempre que a conversa se torna polémica, opto por contar até 100, não responder torto e respeitá-la, porque divergências à parte, a minha mãe merece o melhor de mim.

E agora venha de lá o bolinho de bolacha!

Comentários

Chic Maria disse…
Quem tem mãe, tem tudo! Tb tive os meus momentos menos bons com a minha mãe, mas hoje sei que é a minha melhor amiga e a pessoa que amo mais no mundo (em conjunto com o meu pai!). Essa parte das comidas partilho.. Mesmo que tente recriar nunca fica tão bom *

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Ritz - Quinceañera

 Mas como é que já se passaram 15 anos desde aquele dia em que finalmente a conheci e senti que já a conhecia desde sempre. Não a ela em si, mas à essência dela, à presença dela em mim. Bem que dizem que os filhos são sangue do nosso sangue, carne da nossa carne e senti que uma parte de mim se havia desprendido e estava pronta a desbravar terreno, desenvolver-se, superar-se e ser uma muito melhor versão dos seus ascendentes. Aí estava a minha borboleta, a minha Tinkerbell, a minha Bébécas, a riqueza de sua mãe, o pequeno demónio, a princesa....a Ritz. O livro em aberto que a cada dia ganha mais páginas, o amor puro, o orgulho, por vezes a minha falta de paciência para a sua desafiante adolescência e a reinvenção diária de mim própria e de como lidar com este ser do mundo. 15 anos de ti, 15 anos de nós e a certeza de que sem ti a minha vida teria o maior dos sonhos por realizar, porque sempre desejei ser tua mãe, mesmo antes de existires. Muitos Parabéns Filhota e que estes 15 anos ...