Antes de ser mãe ouvia dizer que rapidamente aprendemos a interpretar as emoções dos nossos filhos, mas confesso que me fazia imensa confusão. Enquanto eles não falam, não dominam a linguagem nem a expressividade, como seria?
Dou a mão à palmatória, pois assim que ma puseram em cima do meu corpo e depois de nos termos admirado uma à outra, estabelecemos as nossas primeiras emoções, tornámo-nos uma da outra e facilmente comecei a reconhecer aqui e ali os seus traços de personalidade, as suas carência e necessidades.
E é incrível que mesmo quando era uma recém-nascida, lhe adivinhava sem margem de erro pelo choro, se necessitava apenas de sentir o meu cheiro, se tinha fome, se tinha a fralda a causar-lhe desconforto...
Não que seja ou tenha sido uma bebé muito chorona, mas tem, como todos, os seus momentos, as suas birras, as suas teimosias; mas, o que mais "stress" me causa tem sido das poucas em termos reais, mas mortificantes (para mim) vezes em que ela se magoa, ou que algo lhe provoca dor.
Se estou perto dela, como no caso das vacinas ou quando esteve internada e que tinham que lhe tirar sangue com a butterfly, faço-lhe festinhas na cabeça e na barriguinha, olho profundamente para ela e vou dizendo que estou ali e que está tudo bem.
Se por acaso se magoa com um brinquedo, se morde o lábio ou algo assim, e que eu não estou propriamente ao lado dela, oiço aquele choro inconfundível de dor e pára tudo, deixo cair o que tenho na mão, deixo quem está do outro lado da linha telefónica e vou consolar a minha cria. Gelo só de sentir que ela tem uma dor e que eu não posso sentir essa dor por ela.
Sei que aos poucos vamos aprendendo a lidar com estas coisas, mas ainda me é insuportável pensar que a minha filha possa sentir dor física ou, pior ainda, psicológica.
Enfim, estar com eles, criá-los, amá-los, cuidar deles é de facto uma aventura para o resto das nossas vidas.
Dou a mão à palmatória, pois assim que ma puseram em cima do meu corpo e depois de nos termos admirado uma à outra, estabelecemos as nossas primeiras emoções, tornámo-nos uma da outra e facilmente comecei a reconhecer aqui e ali os seus traços de personalidade, as suas carência e necessidades.
E é incrível que mesmo quando era uma recém-nascida, lhe adivinhava sem margem de erro pelo choro, se necessitava apenas de sentir o meu cheiro, se tinha fome, se tinha a fralda a causar-lhe desconforto...
Não que seja ou tenha sido uma bebé muito chorona, mas tem, como todos, os seus momentos, as suas birras, as suas teimosias; mas, o que mais "stress" me causa tem sido das poucas em termos reais, mas mortificantes (para mim) vezes em que ela se magoa, ou que algo lhe provoca dor.
Se estou perto dela, como no caso das vacinas ou quando esteve internada e que tinham que lhe tirar sangue com a butterfly, faço-lhe festinhas na cabeça e na barriguinha, olho profundamente para ela e vou dizendo que estou ali e que está tudo bem.
Se por acaso se magoa com um brinquedo, se morde o lábio ou algo assim, e que eu não estou propriamente ao lado dela, oiço aquele choro inconfundível de dor e pára tudo, deixo cair o que tenho na mão, deixo quem está do outro lado da linha telefónica e vou consolar a minha cria. Gelo só de sentir que ela tem uma dor e que eu não posso sentir essa dor por ela.
Sei que aos poucos vamos aprendendo a lidar com estas coisas, mas ainda me é insuportável pensar que a minha filha possa sentir dor física ou, pior ainda, psicológica.
Enfim, estar com eles, criá-los, amá-los, cuidar deles é de facto uma aventura para o resto das nossas vidas.
Comentários
As minhas amigas (que ainda não têm filhos) acham inacreditável que eu distinga perfeitamente o choro das minhas crias, e eu digo sp que o mm lhes acontecerá... a natureza é verdadeiramente incrível!