As aulas começaram oficialmente há 2 dias…teve hoje o terceiro dia de aulas. As professoras já a trocaram de lugar duas vezes.
A primeira, diz ela, foi por causa da colega conversadora. Eu sei, a minha filha é uma Santa.
A segunda foi em virtude do colega do lado a ter chamado de lésbica porque ela só anda com as amigas - mas onde é que anda a inocência destas crianças de 11 anos que já elevam estes reparos a conclusões em torno da identidade de género. Começam de pequenos a demonstrar ideias retorcidas e preconceituosas.
Resultado, a minha filha que é uma Santa, ficou ofendida e como o dito cujo mão tinha levado o livro de Inglês, ela achou por bem, por vingança, não o deixar seguir a aula pelo livro dela. O miúdo parvo foi fazer queixa à professora, a minha filha Santa disse que não admitia que ele lhe chamasse lésbica, gerou-se a discussão…e a professora mudou-a de lugar, ao que sei, para junto de outro rapaz que ao que parece, esse é mesmo santo e não faz mal a uma mosca.
Por fim perguntei-lhe: mas era preciso não deixares o rapaz ver o teu livro só porque te chamou de lésbica? Não ligues, ele deve querer atenção das meninas, coitado!
Respondeu ela:
“Só me ofendeu porque eu não o sou. Gosto de brincar com as minhas amigas, mas não é por amor!”
Venha o ditado: “quem não se sente, não é filho de boa gente!”
Eu juro que não estou com força anímica para me chatear com o comportamento dela todos os dias como no ano passado, portanto vou espairecer, relativizando os episódios e respirar fundo. Isto ainda agora começou.
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