Conheço uma pessoa, aliás, tenho a sorte de conhecer uma pessoa, que…é a melhor pessoa que conheci na minha vida. Por muitas voltas que a vida dê, até o conhecer nunca me tinha cruzado com ninguém assim, e tão pouco conheci depois disso alguém que partilhe com ele, o mesmo patamar.
Quis o destino que, embora sejamos de nacionalidades diferentes e habitemos em países diferentes, nos cruzássemos profissionalmente e algures no tempo tenha sido meu Manager. Nunca na vida tinha conhecido alguém assim: um líder, um estratega, um simplório, um amigo. Um amigo que dados os anos de convivência, chorou comigo em alguns dos meus momentos mais difíceis, mas acima de tudo me colocou num patamar aos olhos dos outros que eu sempre achei não merecer. Pessoas novas que se cruzavam de novo comigo nas lides profissionais vinham até mim sempre com o comentário: “O Javier fala muito bem de ti”, ou “O Javier gosta muito de ti e diz que adorou todos os dias que trabalhou contigo, diz que és o céu”.
Eu lá mereço este carinho quando tudo na verdade diz respeito a ele próprio. E é unânime. Não conheço uma pessoa que não o veja desta maneira. A melhor pessoa que alguma vez conhecemos. E porquê? Porque consegue a plenitude: bom profissional, bom colega de trabalho, excelente amigo, de uma simplicidade irreversível e inigualável, bom pai, bom marido…com um nível de inteligência emocional com que nunca me cruzei na vida.
Deixou de ser meu Manager há uns bons anos, mas continuamos por cá. Podem passar meses que não nos “cruzamos” mas naqueles momentos em que eu preciso de um carinho, não sei como, ele está lá.
Hoje, do nada, recebo uma mensagem, e é daquelas coisas tão simples, e que caiu numa fase em que precisava mesmo de um sinal, de luz, de alguém que me fizesse sentir que…estou viva, e que lá longe se lembrou de mim:
“Hola Taniaaaa…..que es solo saber si te va todo bien
sere el único que te escribo sin marrón.
Bueno…darte un besazooooo”
Foi tão, mas tão reconfortante. Que pena existirem poucas pessoas assim.
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