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Incutir bom senso em pequeno para que daqui a uns anos tenhamos adultos decentes

A minha mãe talvez tenha exagerado na forma rígida com que sempre lidou comigo mas acredito que a integridade e os valores que tenho, os devo a ela. O saber estar, a educação e algum bom senso também. Se para conseguir isso foi preciso ser espartana, então dou por bem empregues alguns tabefes, castigos e afins. Estou convicta que não era miúda que a tivesse deixado ficar mal se fosse tudo um pouco mais light na forma de me fazer ver o certo o errado, mas a verdade é que é sempre um tiro no escuro, e que atire a primeira pedra o pai/educador que nunca errou com os seus filhos, apesar de no seu entender lhes estar a fazer o melhor que pode e sabe.

A verdade é que quero olhar para o lado e ver na minha filha esse tal saber estar, aquela réstia de educação que nos distingue da tremenda falta de educação e de respeito pelo próximo que testemunhamos todos os dias.

Hoje, Domingo de Carnaval, estava a arranjar-me de manhã e a pequena perguntou-me se se podia mascarar. Olhei para ela e disse-lhe apenas isto:

“Como sabes, vamos ao hospital visitar o avô e ele está doentinho, tal como todas as outras pessoas que lá estão internadas. Achas razoável chegar perto de pessoas que estão doentes, em traje de Carnaval, mascarada e a transbordar alegria!? É assim que nos sentimos perante quem sofre!?”

Fez um silêncio de alguns segundos, olhou para mim e respondeu:

“Faz todo o sentido o que dizes mamã!”

Acho que ficou lá mais uma pequena lição.

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