Avançar para o conteúdo principal

E as palavras que ela inventa

"Mãe, tenho um menino lá no colégio que é altista!"

Au-tis-ta Unicórnio Magenta, diz-se autista.

Deixei para mim a estranheza de se fazer circular esta informação pelos miúdos. Mas por que raio é que as crianças têm que saber que o colega é autista ou seja lá o que for. Isso não é importante e quanto menos nomes estranhos se der, menos exclusão teremos.

Lá lhe expliquei de um modo muito simplista e adequado aos seus 8 anos o que implica ser autista, ressalvando acima de tudo que é uma pessoa "igual" às outras, sendo que ninguém é igual a ninguém, mas devemos tratar-nos a todos com respeito e se por acaso alguém houver que precise da nossa ajuda, seja porque motivo for, teremos que lá estar para o ajudar acima de tudo nos seus pontos mais fracos.

Cada vez está mais na moda falar-se de inclusão, mas infelizmente o que vejo é que até nas pequenas rotinas do dia-a-dia os comportamentos são denotam exactamente o inverso.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...