Avançar para o conteúdo principal

O apoio ao Salvador foi unânime e foi emocionante vê-lo chegar a Lisboa

E de tantas pessoas que conheço de outras nações, os votos de boa sorte que me fizeram chegar enquanto portuguesa, foram avassaladores.

Obviamente que os mais entusiastas foram Nuestros Hermanos que me diziam que este era o nosso ano e eu, de facto, desde Março acreditava nisto, quando ainda muita gente me dizia que estava a divagar, que a música não era "festivaleira", blá blá blá.

Já vos disse que esse conceito é subjectivo e redutor?? Que é quase (perdoem-me a analogia) como os numerus clausus para a entrada no ensino superior e as chamadas "médias".

As "médias" de que tanto falam nesse cenário, não são uma média propriamente dita, nem nada de verdadeiramente estatístico; trata-se apenas, como todos devemos saber da nota obtida pelo último candidato a entrar num dado curso e isso não faz saber a média de notas de todos os candidatos àquele curso, que acaba como é lógico por ser superior à nota obtida pelo último colocado.

O termo "festivaleiro" e com o qual me debati desde Março, inclusive com a minha mãe que nestas e noutras coisas é teimosa e só vê a sua verdade, é um dado que deve ser analisado de outra forma. Grandes brilhos, grandes vestimentas, saltos, gritaria, o mesmo tipo de sonoridade - pronto, pode ser uma bela trampa, mas bora lá dizer que é festivaleiro porque é o estilo que ganha o festival....e aí sim, em média.

Mas não, e os irmãos Sobral provaram isso. Um indivíduo vestido de uma forma despretensiosa, sem jogos de luzes à volta, nem coros, nem dançarinas, nem partnaires, com uma voz cândida e uma sensibilidade cada vez mais rara arrebata corações, desperta emoções, põe gente que nem sequer percebe o que ele está para ali a dizer, a chorar copiosamente. E não, não é festivaleiro, brejeiro, despropositado...é a linguagem universal do bom gosto, da cultura, da qualidade levada ao extremo.

E para mim, é festivaleiro, com o seu cunho, ganha uma votação de júri, ganha uma votação de televoto...querem mais sucesso festivaleiro do que este!?


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...