Mas as eleições no Brasil podiam ser por si só um case study. O Brasil já é por si só um país com uma riqueza Histórica, Sociológica e afins assombrosa.
O fenómeno eleitoral tem destapado autênticos espécimes que, colocados todos juntos numa arena dariam uma sui generis caldeirada.
Sou uma pessoa atenta e já vi passarem pelo cargo de Presidente várias pessoas que...são o que são. Portanto resta-me aplaudir o Fernando Henrique Cardoso que desde que me conheço, terá sido o único decente, mas que com os problemas que o Brasil tem, demoraria mais de um século a colocar aquilo nos eixos.
Sou céptica quanto ao Brasil. Um país gigante com séculos de desigualdades e com o potencial que natural e humano digno de poucos. E é um Estado perfeitamente anómico e sem solução à vista.
O homem de quem fizeram presidente nos últimos anos, para mim, está abaixo do nível da sua oralidade. Parece aqueles jagunços e sabujos capatazes que faziam o trabalho sujo e tão bem interpretados foram nas antigas novelas de época brasileiras por actores de renome e que Jorge Amado tão bem caracterizou nalgumas das suas obras. Está ao nível de burgesso mesmo. Sem (bom) senso, sem educação e extremamente perigoso.
O outro senhor que tem nome de molusco, também não é de fiar, de todo. Aliás, entre um e outro, venha o demónio e escolha mas...em escala de perigosidade, perto do outro, é um Santo. E sinceramente não percebi como é que os resultados foram o que foram, não obstante achar que a perda do burgesso na segunda volta possa espoletar um golpe de Estado, ou não tenha ele muito militar menos ortodoxo do seu lado.
Não consigo ter aquele pensamento típico do cidadão comum e pouco empático "ah, estão lá longe, não me afecta". A mim afecta. Pelo país, pelos inocentes, pelo potencial, pela Humanidade. E sobretudo por ouvir e ler comentários tão disparatados a apelar à desordem social. Reitero que a oferta de candidatos espelha bem os problemas com que se depara aquele país...mas por favor, até a loucura e a maldade humanas têm vários níveis de letalidade e há que escolher sempre o menor dos males. Digo eu.
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