Avançar para o conteúdo principal

Percebo que a minha cabeça já não é o que era quando...

Me comprometi com a minha filha anteontem que no dia seguinte antes de ir para casa passaria no hipermercado para lhe comprar um conjunto novo de canetas de feltro porque "já está a usar o castanho, o verde e o azul da professora".

Não me esqueci totalmente, mas como ontem me desviei da rota habitual, esta obrigação ficou arrumada no lado oposto da prateleira do meu cérebro e ficou por lá.

Chegadas a casa, ela fica a olhar para mim com o seu ar meio descarado e claro, pergunta pelas canetas. E o que eu detesto falhar com ela. Mas como vivemos na base da sinceridade disse-lhe exactamente o que se passou e mais uma vez assumi o compromisso de que hoje sem falta lhe levaria as ditas. E de hoje não passará, nem que seja a última coisa que eu faça na vida.

O engraçado é que recebi esta terna e grata resposta:

"Não faz mal mamã, eu sei que nunca te esqueces de mim!"

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...