Avançar para o conteúdo principal

Memórias do primeiro dia em teletrabalho + fazer com que a miúda creia que está em casa, mas é como se estivesse na escola

Acredito que as idas à casa de banho e pausas para pequenos lanches...foram superiores ao que teria na escola propriamente dita. Se por outro lado eu pensei ao longo das últimas 4 semanas que isto já não estava a ser fácil, hoje, após lhe ter imposto alguma disciplina lectiva...vi-me da côr dos gatos, literalmente.

Partilhamos a mesma mesa de trabalho, porque embora ela tenha a sua secretária no seu quarto com o seu espaço, insiste em ficar onde...?....em cima da mãe. É claro que de vez em quando dá-lhe para me fazer caretas, para choramingar porque não gosta da frase que escreveu no seu próprio resumo, outras dá-lhe para rir, tirar dúvidas, falar alto...e nisto tudo eu tento trabalhar mas sei que, mais dia menos dia, no meio de um qualquer e-mail importante vai surgir uma frase do tipo “és capaz de falar mais baixo” ou mesmo “sossegada, já!”.

Foi apenas o primeiro dia em que a par com o meu trabalho me desdobrei em docente assistente. Não há dúvidas que se consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas decerto, no fim de tudo, acaba-se a passar outra valente quarentena, mas na ala psiquiátrica de um qualquer hospital de Lisboa.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Ritz - Quinceañera

 Mas como é que já se passaram 15 anos desde aquele dia em que finalmente a conheci e senti que já a conhecia desde sempre. Não a ela em si, mas à essência dela, à presença dela em mim. Bem que dizem que os filhos são sangue do nosso sangue, carne da nossa carne e senti que uma parte de mim se havia desprendido e estava pronta a desbravar terreno, desenvolver-se, superar-se e ser uma muito melhor versão dos seus ascendentes. Aí estava a minha borboleta, a minha Tinkerbell, a minha Bébécas, a riqueza de sua mãe, o pequeno demónio, a princesa....a Ritz. O livro em aberto que a cada dia ganha mais páginas, o amor puro, o orgulho, por vezes a minha falta de paciência para a sua desafiante adolescência e a reinvenção diária de mim própria e de como lidar com este ser do mundo. 15 anos de ti, 15 anos de nós e a certeza de que sem ti a minha vida teria o maior dos sonhos por realizar, porque sempre desejei ser tua mãe, mesmo antes de existires. Muitos Parabéns Filhota e que estes 15 anos ...