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Afinal, o que se passa com a minha máquina!?

Nada melhor do que conhecermos minimamente o nosso corpo e sentirmos precocemente que algo não está bem.

Falta de força, cansaço inexplicável, prostração e aquelas palpitações a arritmias nocturnas que já me pregaram alguns sustos.

Depois de finalmente conseguir consulta com um Cardiologista bastante recomendado, lá fiz uma autêntica bateria de exames. As análises estavam melhor do que esperava, descobri que sou um fenómeno, porque não faço desporto, não pratico uma dieta exactamente equilibrada e tenho uns níveis de colesterol HDL, ao nível de um belo desportista, assim com um valor que nesse contexto também é incomum - genética diz o médico. Os meus pais são qualquer coisa! Pelo menos nisto, estou óptima.

A tensão arterial após monitorização por 24 horas, afinal revelou-se baixa e não alta como tinha acusado em duas medições ocasionais, o que também não é necessariamente bom.

O conjunto de exames à máquina em si apontam para uma morfologia normal, um batimento cardíaco um pouco acelerado, mas nada alarmante, não existe doença coronária mas...o Holter apanhou uma série de arritmias, 3 delas seguidas, nada de alarmante mas que justificam o meu desconforto e aquela impressão estranha.

Do que eu não estava à espera era que a Tricúspide  tivesse ali uma regurgitação leve, mas ao analisar o pulmão tudo está a funcionar normalmente, pelo que também não é isso que me vai assinar, até ver, a sentença de morte. I hope!

Resultado, um comprimidinho diário para resolver a questão das arritmias, mas...como tenho a tensão baixa, a margem de manobra é muito reduzida porque, ao serem complexos que por si só também causam a diminuição da tensão arterial, para mim, que já a tem baixa, vai ser lindo. Acho que me vou andar a arrastar nos próximos tempos.

I will survive, I will survive!

PS: E eu que pensei ter o coração estilhaçado, feito em pedaços e ele afinal está inteirinho e a bater bem forte. É um valente este tipo, na verdade, o meu herói!

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