Avançar para o conteúdo principal

Acerca da onda de violência nas imediações de Londres


Já não me surpreende há muitos anos que um dado facto que cremos que seja isolado, dê origem a uma catástrofe.

Deparamo-nos sistematicamente com esta realidade em termos ecossistémicos, em termos biológicos, do mundo da química e da física...mas quando ocorrem ondas de caos no meio social...o primeiro pensamento que me ocorre é que tal é absolutamente desnecessário.

A polícia abate a tiro um indivíduo em determinadas circunstâncias - não consegui ainda entender em que circunstâncias ocorreu, mas esse facto despoletou a onda de violência que reina neste momento perto de Londres, sobretudo em bairros problemáticos.

Facto: um indivíduo foi abatido.
Facto: não haveria necessidade de ter ocorrido
Facto: revolta

...mas será que a voz da revolta tem que ser contextualizada num cenário de horror, violência, destruição, saques e pilhagens?

Ou os indivíduos daquele contexto específico aguardavam por um sinal, pelo atear do rastilho para fazer face à sua revolta contra o sistema?

Comentários

Suse disse…
Concordo, esse incidente foi como uma "desculpa" para esta juventude tola e oprimida começar com estes desacatos gravíssimos. Um amigo meu que vive em Londres diz que neste momento sente vergonha por o que se anda lá a passar.
Já vimos que não é só em Portugal que há gente parva e mal formada né. Enfim...
Beijinhos :)
Realmente a melhor forma de protestar é gamar artigos electrónicos. Esses é que mereciam levar com um tiro na tromba...

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...