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Concumitâncias da Morte

Ultimamente dou comigo a pensar na morte mais do que deveria. Não só a pensar, como a analisá-la nas suas vertentes, como a recordar quem vai partindo, os comos e os porquês.

Talvez me engane e só mais tarde possa dar a mão à palmatória, mas sinto que vou morrer cedo, mais cedo do que seria desejável...ou não.

Há que entender a vida como uma espécie de missão e se assim for, quando partimos, decerto que a nossa missão estará cumprida.

Mas penso em quem poderei deixar, penso acima de tudo na minha filha, o meu tesouro, a luz dos meus olhos, a minha flor. Penso que tenho que aproveitar ao máximo todos os momentos que ela me proporciona, penso que tenho acima de tudo que lhe proporcionar o máximo dos máximos, o melhor do mundo e penso acima de tudo que sendo ela a prova viva de que eu existi e que jamais a abandonei, o meu maior legado será a lembrança, nela, de que a minha demanda é ser a melhor mãe do mundo, viver em função dela, dar-lhe o que eu própria não tive, não a trair e jamais a "deixar", nem no dia da minha morte.

E aí, sindo saudades dos tempos em que ela era então nascitura, recordo já com saudade os primeiros momentos que tive com ela, recordo todos os dias que vão sendo consecutivamente subtraídos à nossa existência enquanto companheiras de viagem.

Enfim, hoje está a ser um dia de clara reflexão...

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