Com a minha filha é raro, mas quando dá é em bom. Chegadas a casa, a saga de vomitório continuou em grande…mas, por fim acalmou. Dei-lhe um chá e torradas e ela comeu com gosto. Mas de repente olhei para ela e a criança tinha a cara cheia de petéquias. Isso assustou-me, pelo que peguei nela e rumei ao hospital dos miúdos.
Ainda não tinha ido à Estefânea em tempos de COVID e de facto entrar numa urgência em tempos de pandemia infunde respeito. Corredores inócuos, passamos por meio de plásticos a fazer lembrar um filme manhoso de ficção científica. Fomos encaminhadas para a urgência geral e numa primeira triagem foi-nos dito que as petéquias era resultado do esforço para vomitar, ou seja, Milady Bébecas rebenta os vasos sanguíneos da face e fica com a cara feita num bolo, com laivos de sangue e um aspecto deplorável.
Mas eis que na espera a reacção química se repete e ela vomita-se toda sem termos tempo de chegar a um sítio mais reservado. Resultado, foi máscara, foi roupa e sapatos dela, uma parte dos meus sapatos e um rio de dejectos gástricos que ocuparam quase uma ala inteira do Hospital D. Estefânea. Por momentos nem sabia o que fazer, tal foi a intensidade da coisa. Depois temos criança a desfalecer, cadeira de rodas, soro e tudo aquilo a que se tem direito, mesmo sem ter pedido, ao serão de uma sexta-feira que se pretendia sossegada.
Agora está a descansar, finalmente. E a mãe…bom, a mãe está a descomprimir. Nunca estamos preparadas para ver os nossos bebés em sofrimento.
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