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Quando os valores vêm de berço

 Sempre honrei os meus compromissos e é algo que me entristece testemunhar a falta de comprometimento da maioria das pessoas com que me fui cruzando ao longo da vida. Seja a nível meramente pessoal como profissional, de um modo geral as pessoas não levam a sério a sua palavra nem tão pouco respeitam e honram os seus compromissos. Num último reduto será mesmo a falta de verdade intrínseca com que as pessoas vivem o seu dia a dia.

Desde o seu primeiro contacto com a vida que transmito à minha filha os valores pelos quais me rejo e que acredito que serão das melhores bases que ela pode levar para a sua vida, sobretudo quando já não tiver ascendência sobre ela. Nada como ter bons alicerces para que a estrutura não abale e se desmorone.

No início do ano lectivo disse-me para lhe guardar todas as tampinhas de plástico das embalagens para levar para a escola. Pede-o a todas as pessoas da família e amigos e a verdade é que todas as semanas consegue reunir uma quantidade considerável. Não falham tampas e por vezes até me surripia tampas que não deve, que me fazem falta para rolhar perfumes, cremes, frascos antigos...etc. 

Há uns dias disse-me com alguma tristeza que de há uns tempos a esta parte é a única pessoa da turma a levar tampinhas, pois os restantes colegas deixaram de o fazer. 

Disse-lhe que deve assumir o projecto como um compromisso pessoal, não obstante que caso todos participassem o resultado final seria muito mais positivo. Senti-lhe alguma tristeza no olhar mas terminou dizendo:

“Mamã, eu nunca vou deixar de levar as nossas tampinhas!”


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