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Há coisas que nunca mudam ou...como fazer com que os nossos filhos nos achem o máximo

 Quando era miúda deu-se o advento dos jogos de computador. Desde o velhinho Spectrum 48K que o meu padrasto me deu e a odisseia que era correr um jogo fazendo antes "Load "" Enter" até chegarmos a tecnologias mais avançadas, digamos que eu era "pro".

Até um jogo cheguei a desenvolver em linguagem Basic - vejam lá o dinossauro que eu já sou.

Jogos de lutas, guerras e tiros nunca foram o meu forte. Sempre alinhei mais em estratégia e.....Prince of Persia, of course.

Mas a pessoa cresce e depois apareceram os Farm Ville e coisas do género em que a pessoa não tem que pensar e passa o tempo e a cabeça esvazia e pouco mais. 

Mas tenho uma menina, que por acaso tem uma consola e, embora que com as devidas regras, porque primeiro está o estudo, a leitura, as brincadeiras saudáveis e, no fim, sobra algum tempo para o ócio assim mais básico que é olhar para a consola ou para o que ela projecta para a televisão, e jogar.

É como a mãe, não quer cá pancadaria e jogos sem muito sentido embora que jogados pela carneiragem, e vai para os jogos em que tem que passar níveis executando uma série de tarefas, procurando segredos e descobrindo enigmas.

Tem um jogo novo há uma semana e nele já empancou três vezes. À primeira veio muito triste dizendo que não conseguia passar o nível. Eu sem nunca ter jogado aquilo lá me pus a olhar para o dito, explorei a área, tentei perceber o que era esperado e lá consegui passar em poucos minutos o nível à miúda.

Foi a loucura! Aí ela percebeu que a mãe é qualquer coisa. Uma Super-Heroína quem sabe. Chegou o segundo "empancanço" e once again a mãe consegue. E ontem pela terceira vez e ainda em menos tempo numa peça que ela pensava que o boneco tinha que saltar lá para cima, a mãe topou que aquilo deveria ser um íman e tinha que levitar até à alavanca para abrir a grade.

"Mãe, tu sabes mesmo tudo! És o máximo. Já sei que quando não conseguir tu vais ajudar-me sempre porque tu sabes tudo!"

Também fica fascinada quando eu a ajudo com o Português, com o Inglês ou com a Matemática, mas o olho brilha mesmo é no vício, que se há-de fazer!?

A verdade é que tantos anos volvidos, e eu ainda continuo a perceber de jogos. Para mim, vou pela parte estratégica e de algum raciocínio, é o que me dá gozo. Tentar perceber o que quem desenvolveu o jogo pretendia ou o que pretenderia eu se o tivesse criado. A partir daí passam-se níveis com alguma facilidade.

No entretanto já sei que enquanto for passando os níveis dificeis, a miúda me vai continuar a achar  máximo. Que alguém me ponha nos píncaros, porque eu na verdade, mereço :)

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