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Por acaso inspira-me sempre que a minha filha me diz que já sabe tudo

E eu lhe digo que espero pelo 100%...e ela sorri. E depois começa a debitar os primórdios da História de Portugal e a enumerar todos os reis da I Dinastia que na minha memória ficou como Afonsina, mas a miúda diz que é mais correcto dizer Dinastia de Borgonha, e eu aqui não vou teimar...logo eu, que sou do tempo em que o sistema solar tinha 9 planetas. Sim, ter filhos em idade escolar por estes dias faz-nos chegar à conclusão que esquecemos umas coisas e outras tantas mudaram.

Nunca procurei perceber a História, limitava-me a decorar e dei comigo a descobrir-lhe o verdadeiro encanto no 12. ano. Mais vale tarde que nunca e arranquei um resultado brilhante naquela prova específica.  Descobri que as vertentes económica e política da História me cativavam muito mais do que as fofocas da coroa. A miúda está encantada com os romances de cordel, e começa a tratar o romance de D. Pedro e D. Inês por tu, colocando os seus dramas pelo meio, para dar mais ênfase à tragédia. Fala-me no coração de um dos algozes a ser braviamente trincado pelo D. Pedro. A miúda faz-se, tem uma veia artística fora de série.

Também diz que percebe as contas, que sabe fazer tudo. Quer-me convencer que é uma mente iluminada. E eu olho para ela...e acho piada. Na verdade, nas pequenas coisas do dia-a-dia é perspicaz, não muito atenta, mas preocupada. Mas começa a dar trabalho...é o que dá recebermos espíritos inquietos e contestatários no berço. O futuro promete e eu espero acima de tudo que o livre arbítrio a leve para o lado bom...o resto, logo se vê.

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