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Daqueles dias que não deviam existir

 Desde há 27 anos que gostaria de remover este dia do mapa. Apagar com uma boa borracha e tudo o que ocorreu não corresponder à realidade.

Mas não o posso fazer e há que seguir em frente da melhor forma que conseguirmos. Hoje amanheci com o sol, mas com imensa vontade de enviar a cabeça lençol abaixo e apenas sair amanhã, no dia seguinte ou até depois.

Garantir que a miúda saía a horas pois na semana passada perdeu o autocarro e eu apanhei uma pilha de nervos; esta juventude não tem noção de que não podem acumular faltas por atraso, é uma falta de responsabilidade, etc.

Depois arranjar as minhas coisas, arranjar-me e constatar que tentei vestir 4 pares de calças diferentes e nenhum me servia; sim, não é estarem apertadas, trata-se mesmo de não conseguir fechar o fecho, botão e afins. Sim, estou com os valores das minhas análises todos em reboliço, ando a comer compulsivamente coisas que não me fazem bem e os efeitos rapidamente se tornam visíveis.

Para quem até há menos de 2 anos atrás pesava entre 65/68 quilos agora pesar mais 20 quilos é um desastre. E se por um lado há a tal doença auto imune que justifica uma parte deste excesso, mais de 70% é culpa totalmente minha.

Bom, após conseguir que umas calças mais elásticas me entrassem no corpo, lá fui a correr para a fisioterapia (sim, a saga do dedo pé continua e continuará), cheguei ao escritório em cima da hora com reuniões marcadas e o laptop a dar chatice, e a dar chatice e a dar chatice.

Entro numa reunião em que tinha mesmo de intervir, oiço toda a gente mais ninguém me ouvia. Depois ficava sem rede, sem internet, etc. Uma pilha de nervos. Lá tive a presença de espírito de tirar o laptop da docking et voilà a coisa deu-se.

Passo seguinte, informar quem de direito que a docking está avariada. Foi-me dito que se está a carregar, está boa. E eu reformulo e indico que o problema não é a alimentação, mas sim tudo o resto.

Passamos a fase de retirar uma docking que por acaso não tinha ninguém a utilizá-la, experimento e tudo operacional, pois claro. Eu tinha razão.

Passo seguinte: "não há dockings, os colegas de IT não vão encomendar mais".

Bom, eu estive no escritório na quarta-feira and so far, volto hoje e está avariada. IT não dá, não dê. Eu trabalho com o laptop mas depois não me venham dizer que não posso estar a trabalhar com o ecrã pequeno por causa do ZERO HARM.

Bom, lá fiquei com a docking que por acaso não tinha ninguém e olhem, agora quando voltarem, "caput", passei o problema a outro e não ao mesmo (não por minha opção, dado que me foi dada indicação por quem de direito).

Nisto perdi imenso tempo, andei por baixo de secretárias, a mexer em fios e afins e depois ter de configurar os monitores, algo que parece fácil mas que me dá sempre chatices ao adicionar o número 3.

Para além disso ainda digerir a minha irritação com o Banco pois existem pessoas muito incompetentes e sem qualquer foco para o cliente, uma dor de barriga que já sei de antemão que é causada pelo meu sistema nervoso e....a semana ainda agora começou.

Mas hoje fiquei a saber que ainda vou viver muitos anos, isto sem eu ter perguntado nada. Portanto estava eu na fisioterapia e um senhor que eu não conheço de parte alguma olha para mim e começa a partilhar que tenho os chakras desalinhados, os cristais desequilibrados e mais uma série de patologias de que não me recordo.

Aquilo já me estava a incomodar mas tão pouco queria ser desagradável com o senhor que estava a ser querido à sua maneira. Lá lhe disse: "bom, daqui a nada vou parar ao cemitério com tanta coisa desalinhada".

E aí o senhor tão querido lá me disse que "sou uma pessoa muito bonita e vou viver por muitos e bons anos".

Vale o que vale, mas foi a pessoa que hoje, com uma frase destas me fez ver o sol em vez de trevas.

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