A noite passada foi turbulenta e completamente despropositada e confesso que acordei cansada. Em bom rigor, na realidade nem dormi, sejamos precisos. Tudo se desenrolou em torno do meu avô materno, da minha mãe e eu. O meu avô faleceu há cerca de 2 anos e meio e privámos pouco, muito pouco. Não esteve presente na minha infância, nem na minha adolescência, tão pouco na entrada na idade adulta e só depois da minha filha nascer tivemos algo ligeiramente mais próximo. Coisas de família que vêm dos idos anos 50 dp século passado e que acabam por comprometer gerações. Não obstante, o que privei com ele nestes poucos anos foi interessante e sobretudo a ligação dele com a minha filha valeu a pena ter sido possível, para ambos. Coisas que ouvi à parte e mesmo até assumidas por ele, e todas elas menos boas, o meu avô tinha a sua graça, muito inteligente, muito dotado para as artes e com uma vivacidade aos seus 90 e alguns anos que eu hoje jánão tenho, pelo que a morte dele há 2 anos e tal a...