“Quando fores mãe, e tiveres uma filha, vais ver!”
Eram mais ou menos assim as pragas da minha mãe quando nos desentendíamos e só tenho a dizer que funcionaram. O que tem de maravilhosa tem de chatinha a minha filha. Tão chatinha que por vezes me dá vontade de sair porta fora, pegar no carro e fugir.
Um dos grandes temas de celeuma no momento prende-se com a aparência física e todas as variáveis que o tema acarreta. Demora horas na casa de banho a arranjar-se, despeja litros de perfume por ela abaixo, experimenta roupa minha, sem ordem. Não sou apologista de trocas de roupas e a filha vestir o que é da mãe e vice versa, mas ela, nas minhas costas, tenta a sua sorte na mesma.
Isso e as minhas bugigangas. Não possuo propriamente as jóias da Coroa mas…estas criaturinhas maléficas não têm noção que um brinco que acham giro e simples, vale algum dinheiro e acima de tudo pode ter um valor estimativo incalculável. Está proibida de mexer na minha roupa e nas minhas humildes jóias. Mas a minha palavra não basta e neste momento valem os castigos irrevogáveis.
Atreve-se a cortar cabelo e depois eu que resolva os danos num cabelo que não é fácil, quer ir para a escola de gloss nos lábios e top, de umbigo à mostra.
Fiz um desenho:
💄 = Festa
Mostrar Umbigo = Férias, praia e ambiente informal
A escola não é um cenário de festa, nem alguém em qualquer que seja a idade se apresenta perante um professor de umbigo à mostra. Por favor. Tenha maneiras.
“Ah, mas as minhas colegas vão.”
Mas vão mal, muito mal. E que mania de utilizar como modelo os maus exemplos. E o pior…ainda está para chegar. Deus, dê-me paciência, porque se me der o teletransporte eu sigo já para Marte.
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