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  Beethoven Für Elise, WoO 59 Saudades de quando a minha mãe a tocava para mim, e por isso é das minhas preferidas de Beethoven! Memórias de menina. 

 Recordo com muita saudade os meus “mortos”. Falo mais de uns do que de outros, mas aqueles que são os meus, infelizmente já são alguns.  Esta altura do ano, sobretudo a relacionada com as festividades do Natal, é-me particularmente triste, cada vez mais e não fosse a minha filha, fugiria para outro cenário com muito calor e sol.  Lembro-me dos natais em que eu era menina e passávamos invariavelmente a noite de consoada em casa e íamos passar o Dia de Natal a casa dos pais do meu padrasto. Eram natais felizes e cheios de gente. E daí recordei a Avó Emília, que não sendo minha avó com relação de consanguinidade, me tratava como mais uma na trupe dos netos. E isso é impossível esquecer. Nestes gestos se vê a grandeza, educação, valores e sentimentos das pessoas. Mesmo após a separação da minha mãe e do meu padrasto eu continuei a ser a “sua Tânia” e ela a minha avó Emília. E no leito de morte as últimas palavras que me disse na última visita que lhe fiz foi que tinha gostad...

O Aramaico é uma língua extraordinária. E fascina-me desde que tomei consciência dela pela primeira vez, embora até já a pudesse ter ouvido noutros contextos.  Já tive no meu passado universitário oportunidade de ir aprender, mas na altura a conjuntura familiar não permitia mais esse tempo ocupado, mas ficou cá sempre o bichinho.  Esta língua, se tomarmos atenção e não tivermos à nossa volta ruídos parasitas, tem qualquer coisa de musical e místico.  Ao longo do passar da História o Aramaico foi utilizado em vários períodos e por povos distintos, o que fez com que o mesmo adoptasse variantes.  Do que já foi apresentado aos meus ouvidos, eu prefiro o Aramaico Antigo mas…não sou esquisita, e por isso ando a pesquisar há algum tempo quem me pode dar umas lições correctas não só do idioma falado, como escrito. Mas por que raio fui nascer com interesses tão díspares e por vezes tão fora do comum!? Hoje lembrei-me especialmente porque a televisão reproduz uma vez mais o fi...

 Vai ser o terceiro ano em que o Dia de Natal não vai ter o tradicional atravessar a ponte 25 de Abril, irmos buscar o meu padrasto e almoçar no local por ele escolhido.  Eu que não aprecio deslocar-me de carro nestes dias, nem pensava nisso. Lá íamos nós, cada um com o seu sentimento distinto de amor por ele. Ainda não processei exactamente que ele já não está cá. Não interiorizei e faz-me uma falta que nem consigo descrever. Ele não está cá e foi mais um elo da minha pulseira da vida que se perdeu. Neste momento, com as últimas perdas, já não fecha. Deixou de dar a volta ao meu pulso.  É por estas e outras e pela constante conclusão de que a maioria das pessoas não tem grande valor, que gostava de ficar numa cápsula fechadinha e adormecida e só acordar no dia 2 de Janeiro próximo. Se houver um problema com a cápsula e nem nesse dia acordar….ainda melhor.

 Que lhe é proporcionado pelos Grupos de que faz parte, acampamentos, passeios, trabalho comunitário, mas neste último teve a aventura da vida dela, e eu que já estive no local, não tive a vontade suficiente de descer aquilo a rebolar. Que parva. Que divertido será e o quanto ela se divertiu a adivinhar pelos excertos: Primeiro a subida puxada de uma das maiores dunas da Europa: Mas como o esforço compensa, depois veio o clímax, o êxtase, a alegria, liberdade, felicidade. Com menos maleabilidade que estas miúdas, ainda me arrisco a dar cabo de uma cervical mas….acho que a sensação do durante deve compensar. Mais uma memória que proporcionei à miúda, e as gargalhadas deleitam-me;

 A minha filha informou-me que quando crescer e depois de frequentar a universidade, vai viver para a Finlândia. Não sei onde foi buscar esta ideia, mas ela diz que sim. Mantém que vai ser cientista. E termina dizendo que me vai levar com ela, senão iria sentir muito a minha falta. E eu indaguei, comentando: “Mas quando tiveres essa possibilidade, já ganhaste as tuas próprias asas para voar. A mãe irá visitar-te sempre que possível, tu também vens cá, as tecnologias estarão mais avançadas e a comunicação à distância será ainda mais fácil….portanto….” Ao que ela me respondeu: “Não estás a perceber mãe. Tu vais viver comigo para a Finlândia porque eu não consigo viver longe de ti, e vou precisar de ti para sempre!” Por aqui se concluem entre outros, dois problemas: a imposição e o espírito de líder, em que formata a vida dela e também quer formatar a minha mas, mais grave, este cordão umbilical afinal parece que não foi para o lixo cirúrgico da MAC, as células também não foram doadas...

 Parece que entrei na febre dos 70’s e agora quem me quer ver é de óculos em formato octogonal! Querido, mudei de óculos!

 #change #money #miracles #connection

 

 Os meus amigos franceses que me desculpem, mas eu gostava mesmo que ganhasse a Argentina! Oups, logo eu que tento sempre evitar celeumas religiosas, políticas e futebolísticas….

 Daquele que faz mal, que entope veias e artérias e provoca enfartes, diabetes e mais uma série de doenças fatais.  Devo ser uma saloia. Não, não aprecio cacau a não ser o quente e tão pouco, chocolate negro e afins. Não aprecio. Sou uma inculta. É a vida. Mas por que raio existem pessoas que gostam de impor a sua vontade aos outros e ainda gostam mais de fazer com que os outros se sintam perfeitos ignorantes, por não apreciarem o mesmo!? Nestes termos por acaso ignorante é coisa que não sou e sei que que o chocolate quanto mais cacau tiver, melhor. Mas o meu palato veio pré-programado para tolerar o doce e não o amargo, e esta, hein!? Mas como se há coisa que aprendi foi a não ultrapassar limites, não os ultrapasso e, embora tenha algumas questões de saúde por resolver, nada se deve a ingestão de nutrientes nefastos, por isso a glicose está perfeita, triglicéridos!? O que é isso? Colesterol? Continuo a ser o fenómeno de ter o chamado mau colesterol dentro dos níveis muito nor...

Se tiver que enumerar a sobremesa….tenho um top 3, mas o tiramisù é assim uma paixão, um deleite, um prazer.  Não tive o gosto de estar em Itália….ainda, mas tenho amigas italianas que o confecionam com as receitas antigas das anciãs e eu até reviro os olhos. Eu tenho a receita, tenho jeito para sobremesas, mas não fica igual. Raios, não fica. Há que assumi-lo com toda a humildade.  No jantar do meu aniversário no Rocco, claro que foi a sobremesa escolhida e com a novidade de ser preparado à nossa frente. Comecei a babar-me qual experiência do Pavlov quando vi a tigela do mascarpone. Conclusões, se lá forem comam porque não é mau, mas para mim o do Chef Tanka naquele restaurante ali ao lado da Infante Santo, continua a ser melhor. Não digo o nome do restaurante por uma questão de respeito ao que estou a publicitar com este post.  Como é que uma sobremesa tão simples de confecionar necessita de uma arte qualquer para a deixar com aquele sabor que ainda só consegui apreciar...

 E hoje já a evoquei por várias vezes. Tanta falta me faz o seu abraço, o seu colo, os seus beijinhos, os seus conselhos, o seu cheiro….o seu olhar. 91 anos Avó Isabel e o meu amor e gratidão por si perdurarão enquanto a minha existência o permitir. O encontro das nossas almas e do nosso sangue não foi em vão. Nestes 24 anos se algo se alterou foi o respeito e amor que sinto por si, que continuam a elevar-se a cada dia que passa. Continua a ser a pessoa mais humana, integra, empática, honesta, justa, equilibrada e coerente que conheci até hoje. Obrigada pelos ensinamentos que me deixou. Até já avó!

 Anos e anos a falar em público e ainda não houve um único assessor capaz de ensinar o André Ventura a pronunciar corretamente o número “treze”. Já não posso com o “treuze”, isto para mim já é mesmo ou uma forma rara de dislexia, ou estupidez!  É que apela tanto aos valores nacionais, mas nem o idioma oficial domina de forma escorreita. 

 Costuma ser um terreno simpático e bem cuidado, com relva bem aparada e quando o tempo o permite as crianças brincam até ao limite do dia. Fica em frente a minha casa.  Hoje testemunhei uma apropriação e que imagem mais maravilhosa. O pato Pateco descobriu uma nova casa, e enquanto ali houver água, desconfio que de lá não sairá. Vou investigar e dar-lhe um olá todos os dias. O pato Pateco merece. A beleza na simplicidade…

 45 Anos. Mas como é que eu já vivi 45 anos. Tenho História, tenho estórias e tenho a minha herança, a prova de que existi, na minha filha.  45 é um número curioso, este ano aconteceu num sábado, também nasci num sábado, às 23.50h, hora em que nasci estava a falar com ela, a grande interveniente do dia. Divergências à parte, naquele dia é aquela hora, o momento foi nosso. Mais dela que passou por um parto quase fatal (deve ser tendência familiar deixarmos quase filhos órfaos no nascimento) eu não me lembro, mas pelos vistos estive lá.  Recebi muito carinho neste dia de aniversário, muito mimo das minhas meninas claro, mas também de tantos e tantos amigos/conhecidos, alguns com surpresas consideráveis e inesquecíveis. Recebi amor e foi tão bom.  E aqui fica para a posteridade a minha existência aos 45, sem filtros.

 E ontem foram oficialmente abertas as hostilidades dos jantares de Natal, os quais confesso que não são propriamente o meu cenário preferido.  Resta-me ficar sempre junto das pessoas com quem tenho grandes afinidades e as coisas acabam por fluir. Para o fim ficou a celebração dos meus 20 anos na empresa. Como é que eu estou há 20 anos ali e tanto já vivi. Como presente, porque 20 anos numa empresa com tanta competição e tão grande, nem sempre são fáceis, recebi mais este mimo para a minha já interessante colecção. Fiquei muito sensibilizada e gostei muito do presente. Não posso dizer venham mais 20 anos…mas, venha o que vier e que se mantenham as minhas integridade e profissionalismo de sempre. Enquanto fizer sentido para ambas as partes.  

 ....mas que ela mesmo assim fica impávida e serena, e não vai. É a fase em que estamos e muito me deve estar  causar a formação de cabelos brancos no couro cabeludo e rugas na pele, mas que graças ao pacto que fiz com o demónio, ainda não se deixam vislumbrar aos olhares pouco clínicos. Sim, eu prefiro que seja adolescer e não uma tremenda falta de educação, porque de facto não são esses os exemplos que lhe dei em casa, nem que tão pouco lhe transmito. Como ela não reage minimamente a uma indicação minha, a um pedido, a seguir a uma imposição, a seguir já nem com voz de comando lá vai e de facto apenas tem funcionado a chantagem do tipo: não vais ao acampamento, não vais ao ensaio do coro, não levas esses ténis (que até são os favoritos), não comes esse biscoito, etc.,e como em hipocondria ela sai ao bisavô, optei por outra estratégia. Disse-lhe muito calmamente que ela não tem ido ao otorrino e certamente está com problemas de audição e terá que usar aqueles aparelhos que ve...

 O meu está. Não importa apenas ganhar. Importa o que fazemos para lá chegar e como.  E a equipa que é composta por todos teve algumas falhas, é o homem de quem se fala, pois que é o Cristiano Ronaldo, quase que transformado num  anti-cristo. Todos os treinadores de bancada, todos os mestres em sem diploma nas ciências da psiqué atiram para o ar isto e aquilo. O Cristiano apenas está a chegar pela idade que tem ao fim da carreira enquanto jogador, não teve uma vida fácil e isso, para determinados seres humanos enaltece-lhes qualidades, para outros, aprimoura-lhes os defeitos. E ele não deixa de ser  ser humano com imensas qualidades sobretudo na sua profissão, mas veio a deixar sair de si alguma arrogância e um extremo narcisismo. A mãe é uma pessoa humilde. Ele pode tê-lo sido em criança mas há muito que se lhe nota o carácter de profundo narcisismo. É típico dos brilhantes mas…acaba por deixar um amargor e um ou pequeno senão no brilho que tinham sem qualquer neces...

 Nem consigo identificar um queijo de que não goste. Existirá, mas ainda não provei. Na minha última viagem a Paris, fui preconceituosa. Comprei uma série de queijos, dos bons, e claro, vale mais pensar que o mau cheiro vem dos outros do que de nós. E então andava eu a infestar o aeroporto Charles de Gaulle pensando que toda a gente que passava por mim cheirava mal. Apercebi-me do facto depois de já estar no avião e foi a risota total.  Logicamente quem me foi buscar à chegada já me leu o responso que, quando vier de viagem e trouxer queijo....é melhor apanhar um Uber. Bom, não sei como estará o meu humor ao final do dia de hoje, mas não me está a apetecer queijo algum, nem requeijão, nem lacticínios, nem chocolate. Apetece-me cozido à portuguesa, rancho, maranhos, bulho e arroz doce. 

 Acordar de madrugada para ir deixar a criança na escola já por si só me custa. Mas tudo bem, obrigação de mãe and counting  embora ela já queira ir sozinha. Não têm de facto a noção do perigo. Hoje também era um dos dias em que me tinha dado imenso jeito ter ficado em casa - não deu, milhentas reuniões presenciais. O  meu cabelo no dia a dia não precisa de placas, porque faço alisamento com queratina e ele fica soberbo, mas eu dou-lhe sempre uns disparos com a Steam Pod - o que em anos de vida não me tinha ocorrido era colocar um dedo directamente na placa quente. Até as impressões digitais perdi, tal não foi o disparate. Pensei em tantos palavrões mentalmente....que não me ter saído nenhum oralmente foi milagre do advento, só pode.

 

 Ou fomos demasiado previdentes e não arriscámos. Ou até arriscámos e deu porcaria. Fomos ao engano. Saberemos lá nós…