Avançar para o conteúdo principal

Terminologias

 Estava na loja de animais a comprar ração para o gato da minha filha. Às tantas a senhora que me estava a atender pega no telemóvel e liga para um colega a pedir suporte na loja, pois tinha que se ausentar para fazer uma pausa. Depreendo que, do lado de lá da linha, o colega não tenha demonstrado muita celeridade, dadas as respostas que a senhora lhe ia dando, culminando com um “vou então fechar a loja porque tenho que ir fazer xixi”.

Não satisfeita com o comentário tão gráfico que fez, olha para mim como se fôssemos íntimas (e mesmo que o fôssemos, é termo que de todo utilizo, e atrevo-me mesmo a dizer que nunca utilizei) e diz-me:

“É que tenho mesmo que ir mijar!”

Conclusão: era desnecessário eu saber que a senhora iria de seguida à retrete e mais desnecessário saber que necessidade fisiológica a estava a impelir para lá e, ainda mais inusitado o uso de gíria a roçar o ordinário. 

Há um longo caminho a percorrer acerca das regras de atendimento ao público. 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...