Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2022

O índice de rebeldia está equiparado ao índice de "fofice"

 Hoje tive uma reunião na escola da criança. Ao aproximar-me do portão vem um senhor na minha direcção a falar como se me conhecesse há muito. Nunca tinha visto o senhor na vida, mas ele disse-me assim: "Já sei que vem falar com uma professora!" E eu:  "Ai sim? Pois, é natural, deve ser dia de atendimento!" "Não, é que há pouco veio aqui uma menina perguntar se uma senhora bonita, alta e com o cabelo comprido liso já tinha entrado e eu disse que não. Agora vejo que só pode ser esta a mãe!" Fiquei de todas as cores, ainda para mais porque estavam outras mães nas imediações. E o senhor em causa, não contente com a fofoca ainda conclui: "E a menina tinha mesmo razão!" Haverá dúvidas que para os filhos, as mães são sempre bonitas?

Os anos passam mas…

 A mãe continua a ser necessária quanto mais não seja para…desembaraçar os nós que se formam nesta cabeleira. Já ganhei o céu e arredores!

A bofetada de que se fala

 O dia a seguir à cerimónia dos Óscares, costuma ser isso mesmo - the day after , em que se discutem escolhas, em que se opina que ganhou um, mas deveria ter ganho outro, banalidades como os vestidos mais ou menos magníficos das actrizes e convidadas. Mas não hoje, décadas e décadas depois, com cerimónias mais ou menos espectaculares e faustosas, a notícia é a de uma bofetada em directo de um actor nomeado, face a outro que estava a debitar um texto com mais ou menos piada. A falta de piada atingiu uma mulher que por acaso tem um problema de saúde que a levou a ter que rapar todo o cabelo mas, seja por problema de saúde ou por gosto, a piada não teve mesmo piada, a visada não gostou e o marido, partiu estoicamente em defesa da sua amada. Poderia ter sido bonito...qual é a pessoa que não gosta de ser defendida com tudo por quem a deve de facto defender!? Mas não foi bonito. E por muito que possamos tentar justificar a falta de humor, poder de encaixe, anos de humilhações, etc., que ...

Então e os Távora!?

 Esses grandes malandros que andaram a conspirar contra o rei! Seus hereges! Bom, intrigas palacianas à parte, a miúda há uns tempos aprendeu na escola aquilo que deu origem à Execução dos Távora e, embora já tenha passado vezes sem conta neste local, não sabia o que significava e prometi-lhe que, na próxima ida a Belém, lhe mostraria o Padrão alusivo ao massacre. E não, já não existia sangue no “chão salgado”.

Continua a ser inspirador

 O olhar científico para o céu! E foi nessa perspectiva que fomos a um local onde já não ia há décadas. Como é que eu não punha os pés no Planetário de Lisboa há mais de 30 anos!? Como é que este tempo já passou também por mim? Não, não era espectacular porque na altura eu era uma criança. Continua a ser extraordinário, muito melhor do que o de Londres por exemplo, onde estive recentemente.  Hoje o que mais me prendeu foi a Estação Espacial Internacional. Por alguns minutos nós estivemos mesmo lá e é perfeito! É uma experiência imersiva que aconselho vivamente.

Doeu

 O carro dispunha de meio depósito certinho de gasolina. Uma das minhas rotinas de fim‑de‑semana é abastecer porque o posto que fica perto de casa faz sempre um desconto de 5 cêntimos nestes 2 dias.  Na semana passada não o fiz dada a descida vertiginosa que se operou na passada segunda-feira e, como não circulei grande coisa, esperei pelo fim‑de‑semana e ainda com meio depósito. E preencher esta parte que faltava custou-me 50€. Custou e muito desembolsar tanto dinheiro por 1/2 tanque de gasolina.  Comprei ração para o gato da minha filha. Faço-o mensalmente e da mesma marca, no mesmo local. Teve um aumento, comparativamente ao mês passado, superior a 1€. São meros exemplos de uma realidade que está a tocar em vários bens totalmente necessários ao nosso dia-a-dia. A situação ainda vai piorar e as pessoas continuam tão ocas, sem qualquer empatia pelos mais próximos mas cheias de pena dos ucranianos. Continuo a defender que a solidariedade, empatia, respeito pelo próximo, d...

E que tal aguardar tranquilamente pelo futuro e deixar o passado no seu lugar sem dramas e indirectas!?

 

Terminologias

 Estava na loja de animais a comprar ração para o gato da minha filha. Às tantas a senhora que me estava a atender pega no telemóvel e liga para um colega a pedir suporte na loja, pois tinha que se ausentar para fazer uma pausa. Depreendo que, do lado de lá da linha, o colega não tenha demonstrado muita celeridade, dadas as respostas que a senhora lhe ia dando, culminando com um “vou então fechar a loja porque tenho que ir fazer xixi”. Não satisfeita com o comentário tão gráfico que fez, olha para mim como se fôssemos íntimas (e mesmo que o fôssemos, é termo que de todo utilizo, e atrevo-me mesmo a dizer que nunca utilizei) e diz-me: “É que tenho mesmo que ir mijar!” Conclusão: era desnecessário eu saber que a senhora iria de seguida à retrete e mais desnecessário saber que necessidade fisiológica a estava a impelir para lá e, ainda mais inusitado o uso de gíria a roçar o ordinário.  Há um longo caminho a percorrer acerca das regras de atendimento ao público. 
 ISCTE a dar cartas no Governo. E feliz pela escolha da minha querida Professora Helena Carreiras para a pasta da Defesa. Ela percebe de facto daquilo.

Quem fica a ganhar?

 Pois que após nos depararmos com os restos de calima e que tornaram os nossos dias estranhos e alaranjados, os automóveis ficaram um nojo. E eu, juro que tentei. Passei por várias estações de serviço e “elefantes brancos” (eu já sei que é azul, mas o elefante das lavagens manuais de carros é que deveria ser o branco e o do cabaret poderia ser o Babar) e tudo na mesma; filas de carros todos para o mesmo de mais de 1 ou 2 horas de espera. A um sábado às 9 da manhã já se esperava mais do que uma hora para lavar os carros…e eu, não pude esperar. E o carro passou de cinza antracite para pardacento e enlameado. E a verdade é que pela amostra se vai manter assim por mais uns dias. Muito vão facturar os serviços de lavagem nos próximos dias mas, não tanto como a secção de óleos vegetais dos supermercados. 

Alter-Egos

 Para que não restem dúvidas a respeito do gato da minha filha achar que é um cão! Pois que estava eu posicionada na retrete e ele sem qualquer pudor põe-se à minha frente, de barriga para cima… à espera de festas. Ante a minha demora, adormeceu e ressonou. 

Existem aquelas crianças e jovens que escondem testes menos bons dos pais

 Por razões óbvias, pois claro. Depois existe a minha filha a quem eu por vezes pergunto se trouxe algum teste e ela por vezes está lá no mundo dela e nem me responde e depois chega um dia em que me diz: "Sabes mãe, no outro dia perguntaste pelos testes e eu nem me lembrei, mas hoje por acaso vi na minha pasta que já tenho há muitos dias o de Matemática e de Ciências só que me tinha esquecido de te dizer." 10 segundos depois completa: "Ah, tive Muito Bom nos dois". Pergunto-me a quem foi buscar ela este misto de irresponsabilidade, brilhantismo e descontracção.

Experiências

 Hoje andei a aprender a apagar fogo. Muitos de nós não sabemos como utilizar correctamente um extintor tendo em conta os tipos de extintor que existem, como utilizar os diferentes jactos de água debitados por um carretel ou uma manta ignífuga. E nem sempre a intuição ou senso comum estão certos e podemos correr ainda mais riscos por não fazer uma correcta utilização dos equipamentos. Portanto valeu muito a pena…e o fogo controlado é de facto tão bonito!

Prioridades

 Com o aparecimento da pandemia, “terminou” o conflito da Síria. Deve ser um paraíso agora e um bom destino de férias a avaliar pela falta de informação a respeito. Com a guerra na Ucrânia, “terminou” a pandemia. Já foi erradicado o Covid, mais uma vez a avaliar pela falta de notícias. Nem tão exaustivo, nem a ausência delas. Esta relativização e o esquecimento de outras guerras sempre me fez confusão e sim, também na Síria o cenário continua a não ser bom, continuam os atentados e continua a morrer gente, sobretudo crianças. 

Não tenho por hábito dizer palavrões, muito menos palavras mesmo feias

 Não fui habituada a isso e soa-me mal, sobretudo quando são ditas por dizer e de uma forma ordinária. Mas, quem nunca passou por uma situação de dor, ou de nervos em que parece que sabe bem dizer uma coisa menos própria!? E é raro em mim, muito raro, mas há uns dias, absorta nos meus pensamentos e desaires, saiu-me um “FÓNIX”! Assim, literal. Estremeci quando uma voz de menina atrás de mim me chama à atenção: “Oh mãe, fónix não. Não se diz isso!” Engoli em seco, pedi-lhe desculpa e….fui. Passei tremenda vergonha diante da pessoa a quem tenho que dar bons exemplos e de facto, não o dei.

Agora quer ser actriz

 Vai alterando por vezes o que quer ser/fazer no futuro mas está a ser uma constante o Teatro. Mesmo quando lhe digo que implica muito estudo ela diz que quer estudar teatro. Pois que assim seja. Nada de lhe retirar o sonho. Não sei bem como, (não que duvide do talento dela mas porque fui a última pessoa a saber de todo o processo, dado o seu espírito demasiado independente) conseguiu ser selecionada para entrar numa curta-metragem e as filmagens decorreram neste fim de semana.  Chegou encharcada ontem, até à espinal medula. Não está propriamente calor e estou com algum receio que venha a caminho uma constipação. Se bem que “corre por gosto não cansa”, eu estou com aquela preocupação normal de mãe. Não sem antes ter ouvido: “Mãe, nós os actores temos que nos sujeitar. Eu nem sequer tive frio. Não te preocupes!” Eu farto-me de rir com esta criança. 

Quando me levam a miúda e só para me chatear partilham a prova do crime

 A vingança serve-se em bom. Aguardem-me, pestes!

Há uma vida

 Pensava lá eu há 20 anos atrás quando entrei para o meu primeiro dia de trabalho naquela empresa que… 20 anos depois e com tantas, mas tantas aventuras boas e más, lá estaria. A fazer outras coisas, ultrapassado vários desafios, conhecido centenas de pessoas de dezenas de nacionalidades, com mais ou menos projectos, com períodos profissionalmente mais ou menos conturbados. Não completo outro tanto. Disso tenho a certeza. Mas por muito que ocorra, aquela empresa será sempre uma das minhas casas, onde eu aprendi muito, não só do negócio, da minha profissão, mas acima de tudo sobre as pessoas e os seus limites ou falta deles e, sobre mim própria. 

Destralhar

 Quem nos lê e nos conhece, já sabe como é a minha filha. Tem 11 anos e é, como deveria ser, uma criança. Eu gosto dela assim. Não é nenhuma bebé, embora para mim o vá ser sempre, mas tão pouco é uma mulher em ponto pequeno, e eu também não gostaria que o fosse. Quando oiço mães com filhas da idade da minha dizerem com orgulho que as filhas estão muito adultas para a idade….até me arrepio e confesso que fujo um bocado. Deixem as crianças gozar a sua infância, que é tão, mas tão curta. Têm tempo para questões adultas quando adultas forem. Mas enfim, cada um sabe de si, e dos seus filhos. E por isso mesmo não tive qualquer pressa em retirar brinquedos do quarto, pesem as críticas de alguns iluminados que de visita a minha casa se punham a tecer considerações acerca da quantidade de brinquedos existente no quarto da minha filha. Teve muitos brinquedos e ainda bem que os teve. Já eu, na idade dela….não os tinha e sei bem a falta que me fizeram algumas tralhas próprias dessas idades. Na...

É, eu sei que não é para rir...mas nos momentos dramáticos há sempre um lado parvo...

 A minha mãe vive com uma ansiedade desmesurada a guerra. Não só porque nos toca a todos, pelo menos a quem tem coração, mas por também ter vivido uma guerra colonial, e ver o êxodo, ouvir o barulho das sirenes, mísseis...a minha avó tratou imensas pessoas com ferimentos de balas, minas e tantas atrocidades que ficam para além de uma guerra. Pois que, vivendo tudo isto como se lá estivesse, a tal questão da empatia e nos colocarmos no lugar do outro hoje, do nada me manda uma sms, referindo-se ao asqueroso do actual senhor da guerra, com o seguinte pensamento, ipsis verbis: "Maldita seja a hora que a mãe dele o pariu!" Não tem piada nem terá sido esse o intuito do desabafo, mas foi a única coisa que hoje me arrancou uma gargalhada seca. Há pessoas que de facto, não deveriam jamais ter nascido.

Emancipação da miúda

 E uma mãe à beira de um ataque de nervos… Telefonou-me uma amiga dela das Guias para definir o plano da próxima reunião. Pois que vão sozinhas de comboio. Eu ainda perguntei se podia deixá-la na paragem final e disseram que sim, mas nisto olho para ela que me fica com cara de Basset Hound. É óbvio que é muito mais giro ir de comboio com as amigas, faça chuva ou sol, partirem para as suas aventuras. E faz parte.  Lá vai ela com todas as outras, mas eu não me contive e pedi para que as mais velhas tenham atenção à entrada e saída do comboio, escadas, portas a fechar….e elas com uma paciência a garantir que tudo vai correr bem para eu ficar descansada. Sim sim, sejam mães e depois venham falar comigo, que eu cá estarei à espera. …mas ela vai de comboio e eu vou respirar fundo, e ela vai sentir-se livre e eu vou concluir que fiz bem porque quando a for buscar ela estará feliz.  Quando decidi ser mãe não me lembrei que ela iria ganhar asas e voar sem a minha protecção.

Season Fall/Winter 2021/2022

 Segunda gripe neste corpinho que me deram. Narinas sodomizadas com mais ou menos jeitinho, dependendo sempre de quem lhes enfia a zaragatoa, mas noto que começam a ficar habituadas…portanto se estão habituadas e até se colocam a jeito, já não se tratará de sodomia, direi eu. Em suma, foi gripe, mais uma e deixem-se de profecias porque com ou sem covid, o influenza continua aí e pelos vistos tomou o meu corpo como hospedeiro preferencial. O covid não gosta de mim e eu não me importo nada com isso. Já sei lidar com a gripe e portanto fiquemo-nos por aqui para o bem de todos. Não obstante a sodomia às narinas tem tudo para prosseguir pelos próximos tempos, and counting.