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Acerca de peças de roupa mal concebidas

 

Comprei há uns dias este vestido. Bom, não este, mas um igual. É de facto o meu estilo, fluido a atirar para o boho, não é propriamente fast fashion. A verdade é que até há uns tempos atrás eu comprava roupa e tudo me assentava bem…e agora nem por isso. Ou estou a encolher, ou estão a colocar mais centímetros de tecido à roupa.

Ia vesti-lo um dia destes para sair com uns amigos e a minha filha chamou-me à atenção que estava a rojar pelo chão. Quando o comprei não tive essa ideia, mas a verdade é que parecia quase um véu de noiva, a quantidade de tecido sobrante. Com grande pena minha não o pude vestir; não me apetecia calçar saltos altos e na verdade comprei-o mais para o usar de uma forma descontraída.

Hoje ao deixá-lo na senhora que faz as bainhas, chegámos à brilhante conclusão que, não tendo eu uma perna mais curta do que a outra, o vestido tem diferenças de tamanho que vão para lá dos 5 centímetros. Ou seja, num lado existem cerca de 8 centímetros de tecido a mais, e ao lado está na medida certa. Se a senhora não fosse perfeccionista e tivesse decidido olhar para aquilo com olhar clínico e fizesse a bainha igual em toda a sua extensão eu teria ficado com um vestido…assimétrico e horroroso. A falta de brio é de facto uma coisa que me irrita. Quem fez o vestido devia estar a pensar na vida certamente; se em vez das costuras tivesse ido para cirurgia, a pinça teria ficado dentro da barriga do doente certamente.

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