Avançar para o conteúdo principal

Acerca de peças de roupa mal concebidas

 

Comprei há uns dias este vestido. Bom, não este, mas um igual. É de facto o meu estilo, fluido a atirar para o boho, não é propriamente fast fashion. A verdade é que até há uns tempos atrás eu comprava roupa e tudo me assentava bem…e agora nem por isso. Ou estou a encolher, ou estão a colocar mais centímetros de tecido à roupa.

Ia vesti-lo um dia destes para sair com uns amigos e a minha filha chamou-me à atenção que estava a rojar pelo chão. Quando o comprei não tive essa ideia, mas a verdade é que parecia quase um véu de noiva, a quantidade de tecido sobrante. Com grande pena minha não o pude vestir; não me apetecia calçar saltos altos e na verdade comprei-o mais para o usar de uma forma descontraída.

Hoje ao deixá-lo na senhora que faz as bainhas, chegámos à brilhante conclusão que, não tendo eu uma perna mais curta do que a outra, o vestido tem diferenças de tamanho que vão para lá dos 5 centímetros. Ou seja, num lado existem cerca de 8 centímetros de tecido a mais, e ao lado está na medida certa. Se a senhora não fosse perfeccionista e tivesse decidido olhar para aquilo com olhar clínico e fizesse a bainha igual em toda a sua extensão eu teria ficado com um vestido…assimétrico e horroroso. A falta de brio é de facto uma coisa que me irrita. Quem fez o vestido devia estar a pensar na vida certamente; se em vez das costuras tivesse ido para cirurgia, a pinça teria ficado dentro da barriga do doente certamente.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...