O cancro levou-me a avó, e o tanto que ela sofreu.
Até aqui, a avó continuava muito presente na minha memória, como se tudo se tivesse passado ontem. Sentia-lhe o cheiro, a presença, a sonoridade da voz e pensei que ia ser sempre assim.
Mas não; eu tinha 20 anos quando a minha avó partiu, e já se passaram quase tantos anos, quantos os que eu tinha nessa altura, e vivi muito aquilo tudo, sobretudo a morte.
Aquele corpo gelado da câmara frigorífica que beijei, ficou-me na memória, aqueles olhos azuis semi-cerrados, a imagem do cadáver dela acompanha-me, tanto quanto as outras imagens boas; mas, parece que com um estalar de dedos, deixei de sentir que foi ontem, e o fardo da saudade é pesado.
Sim, não a vejo na esfera real há 18 anos, embora ainda me apareça em sonhos, e sinto cada vez mais a falta dela. A saudade é uma sensação tramada, dói tanto como uma desilusão de amor...creio que dói mais até.
Até sempre minha avó.
Até aqui, a avó continuava muito presente na minha memória, como se tudo se tivesse passado ontem. Sentia-lhe o cheiro, a presença, a sonoridade da voz e pensei que ia ser sempre assim.
Mas não; eu tinha 20 anos quando a minha avó partiu, e já se passaram quase tantos anos, quantos os que eu tinha nessa altura, e vivi muito aquilo tudo, sobretudo a morte.
Aquele corpo gelado da câmara frigorífica que beijei, ficou-me na memória, aqueles olhos azuis semi-cerrados, a imagem do cadáver dela acompanha-me, tanto quanto as outras imagens boas; mas, parece que com um estalar de dedos, deixei de sentir que foi ontem, e o fardo da saudade é pesado.
Sim, não a vejo na esfera real há 18 anos, embora ainda me apareça em sonhos, e sinto cada vez mais a falta dela. A saudade é uma sensação tramada, dói tanto como uma desilusão de amor...creio que dói mais até.
Até sempre minha avó.
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