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 Receber o convite para assistir à atribuição dos prémios de mérito na escola da minha filha é sempre algo confrangedor.

Não concordo com este tipo de distinção neste nível de ensino, o que não obsta que haja quem de facto se distinga pela positiva, mas entendo que a relação custo/benefício não está de todo equilibrada.

As crianças são cruéis e os adolescentes ainda mais e se, por um lado, estes prémios ocasionam uma diferenciação já de si óbvia (que nada tem a ver com capacidades intelectuais) por outro também para quem os recebe existe muitas vezes a busca pela distinção e não o brio desinteressado.

A minha filha sabe perfeitamente a minha opinião e é congratulada sistematicamente pelos seus sucessos e motivada ante alguns percalços e não fico com mais orgulho por estar presente naquele tipo de cerimónia.

Reitero, não concordo que seja aplicada a nível de escolaridade obrigatória, mas a níveis superiores acho que é de louvar quem é agraciada com distinções. A maturidade será outra, o (bom) carácter já estará formado e a consciência também.

Mas a realidade que vivemos é esta, assim está definido, a minha miúda ganhou mais um ano o prémio pelo seu excelente percurso e obviamente eu lá estarei na primeira fila a aplaudi-la e a vibrar por ela. Entenda-se...por ela. Pelo que ela sente por eu estar lá e demonstrar publicamente o meu orgulho que vai muito além de um prémio de mérito atribuído pelo Agrupamento de Escolas.

Filhota, um dia, bem mais tarde que porventura leias isto, já terás idade para perceber o que digo e nunca duvides que a mamã, perto ou longe, tem um imenso orgulho, admiração...mas acima de tudo um amor gigantesco por ti. Serei sempre aquela estrela mais brilhante a piscar lá no cimo e sempre para ti.


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