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Nascia uma pessoa irrepetível

 Isabel, Maria Isabel. A minha avó. A minha saudosa e inesquecível avó. 

A grande perda da minha vida. Aquela cujo toque, cheiro, voz, a minha memória não deixa desvanecer. A minha pessoa. O meu exemplo de honestidade, carisma, justiça e muita beleza. Era uma mulher tão bela exterior como interiormente. 

Gostaria de ter 1/3 da sua força, da sua coragem, do seu ser. Não tenho. Nem herdei a beleza, nem os olhos azuis mais lindos que já vi (os segundos são os da minha irmã), nem os singelos 154 centímetros de altura que não sei como, ainda potenciavam mais a gigante que foi. E é, e continuará a ser enquanto eu viver, porque vive em mim. E quero tanto encontrá-la de novo. Talvez em breve. Porque a nossa existência é breve. Como breves são os sonhos em que, de quando em vez, a encontro. 

Hoje é o seu dia. Um abraço dos meus até ao infinito, onde eu sei que a avó está. Olho para si sem a olhar, vejo-a sem a ver, oiço-a sem a ouvir…sinto-a. Muita saudade avó, hoje e para sempre. 


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