Avançar para o conteúdo principal

Depois de passarmos 10 dias sozinhas uma com a outra

Foi duro para ela o regresso à rotina; acordou muito bem disposta, habituada a ter a mãe com ela 24 horas por dia e estava na maior.

Perante a minha pressa matinal, de me arranjar, tratar do pequeno almoço, chamá-la para a higiene da manhã, percebeu que era dia de...colégio e, consequentemente, trabalho.

Foi o drama, chorou copiosamente, agarrou-se a mim, não me deixava sequer mover...não queria ir para o colégio, não queria que eu fosse trabalhar, não queria nada, a não ser ficar comigo em casa!

Tive que lhe explicar com calma que tinha mesmo que ser, que a mamã precisa de trabalhar para podermos ter a nossa casa, o nosso carro, para podermos comer, para eu poder comprar-lhe as coisas que ela precisa, para podermos passear. A verdade é que não gostou da minha justificação e saiu de casa bastante revoltada, entreguei-a à educadora com ela lavada em lágrimas, enfim, dei comigo a pensar se a miúda não estaria a adivinhar desgraça, cruz credo.

Ao final do dia cheguei, estava ela a olhar para a janela, mas em amena cavaqueira com as restantes crianças; pensei..."that's my girl".

Lá veio receber-me de braços abertos, com aqueles beijinhos bons que só ela me sabe dar.

Amanhã já não nos vais custar tanto!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Ritz - Quinceañera

 Mas como é que já se passaram 15 anos desde aquele dia em que finalmente a conheci e senti que já a conhecia desde sempre. Não a ela em si, mas à essência dela, à presença dela em mim. Bem que dizem que os filhos são sangue do nosso sangue, carne da nossa carne e senti que uma parte de mim se havia desprendido e estava pronta a desbravar terreno, desenvolver-se, superar-se e ser uma muito melhor versão dos seus ascendentes. Aí estava a minha borboleta, a minha Tinkerbell, a minha Bébécas, a riqueza de sua mãe, o pequeno demónio, a princesa....a Ritz. O livro em aberto que a cada dia ganha mais páginas, o amor puro, o orgulho, por vezes a minha falta de paciência para a sua desafiante adolescência e a reinvenção diária de mim própria e de como lidar com este ser do mundo. 15 anos de ti, 15 anos de nós e a certeza de que sem ti a minha vida teria o maior dos sonhos por realizar, porque sempre desejei ser tua mãe, mesmo antes de existires. Muitos Parabéns Filhota e que estes 15 anos ...