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Situações inusitadas

 Há uns dias entrei no átrio que dá acesso às casas de banho do piso onde trabalho e a Maria (senhora que é uma querida e faz a manutenção das áreas comuns dos escritórios) estava a vociferar, primeiro pensei que com alguém que estivesse dentro de alguma casa de banho em particular, mas depois percebi que estava mesmo naquele mood sozinha.

Percebendo este facto, lá indaguei o que estaria a preocupá-la, isto porque já a conheço à vontade há uns 20 anos o que me permite ter confiança suficiente para tal.

Respondeu ela, que me faz lembrar a minha filha por altura dos seus 4/5 anos ao falar da própria na terceira pessoa:

"Andam a roubar o ambientador à Maria. A Maria põe e na semana seguinte já não está, roubaram!"

Confesso que para conversa de casa de banho, todo o enquadramento foi no mínimo cómico. E nisto lá veio ela com outro ambientador, pedindo-me para o colocar lá no cimo porque sou alta e tenho os braços compridos e talvez assim seja mais difícil o "roubo".

Lá fiz a vontade à Maria e coloquei o apetrecho tão distante quanto o meu braço pôde alcançar.

A verdade é que agora dou comigo a controlar se há ou não furto, mas não...a distância que o meu braço alcançou conseguiu mitigar os gestos menos nobres de alguma cleptomaníaca que tinha como hobbie subtrair um ambientador horrível do Pingo Doce para fazer com ele sabe Deus o quê.

E por aqui se vê o nível de vulgaridade do pessoal ao manchar o seu currículo por tão pouco; caso fosse um ambientador da Laura Ashley ou da Dior...vá, eu até concordaria que poderia gerar um conflito de consciência nunca justificando o seu furto mas...uma coisa horrível em plástico ordinário do Pingo Doce?

For Christ Sake!

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