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Quando os sonhos o são, mas também têm um quê de pesadelo

 Tenho fases em que não me recordo, ao acordar, dos sonhos. Na realidade, prefiro que assim seja, porque os sonhos não me deixam ultimamente sensações boas, na sua génese.

Ou sonho com coisas totalmente irreais e absurdas, que saindo do sonho nada me acrescentam, ou sonho com coisas que logo me perturbam e me fazem levitar por temas que mais gostaria que estivessem guardados ou que me aparecessem apenas quando os fosse buscar.

Mas o meu subconsciente anda a tramar-me mais uma vez e não estou a perceber onde quer chegar...não estou, ou talvez não queira.

Tudo isto porque ando a sonhar demasiado com pessoas que já partiram, várias e de vários quadrantes da minha vida. Partiram mesmo da vida terrena, não aquelas que eu matei, que seria igualmente perturbador.

O lógico no meio disto tudo é que me têm aparecido em contextos válidos e não todos mesclados em cenários absurdos - tudo faz um certo sentido e alguns deles, mesmo aparecendo nos meus sonhos, já aparecem como não estando vivos, mas com mensagens deixadas subliminarmente.

Os mais próximos aparecem a interagir comigo, em vida...mas assim que o sonho termina consigo desfragmentar tudo e perceber que não passou de um sonho. Ou talvez ainda esteja a dormir quando o faça.

Não acordo em sobressalto, nem triste...mas acabo por ficar estranha por tê-los sentido tão perto e depois, já não estarem ali. E nisto, se dúvidas tivesse, sei exactamente quem são as pessoas que me fazem mesmo muita falta e quem o meu subconsciente vai buscar quando mais preciso. Acabo por não me sentir só porque todos eles gostavam verdadeiramente de mim e eu deles; talvez não lhes tenha dito isso com a convicção e presença de espírito com que diria hoje. Mas espero que algures, não sei onde, saibam disso.

As saudades, essas, continuam a ser imensas.

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