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O dilema das férias (grandes) escolares

 Já tivemos o nosso quinhão há uma vida atrás, mas por altura da nossa infância era tudo muito mais fácil. Havia os avós, os vizinhos e sobretudo a rua. Não que me tenham dado muitos hábitos arruaceiros, mas também uma dose razoável. Nisso a minha avó até era mais condescendente do que a minha mãe e permitia-me um tempo de lazer com as restantes crianças da rua. 

Não me lembro de férias maravilhosas em criança e então a partir do momento em que a minha avó adoeceu tudo piorou, mas tínhamos sempre alguém em casa, entretanto nasceu a minha irmã, e lá se passavam os 3 longos meses de Verão.

Com a minha filha não tenho suporte familiar, portanto quando a escola e o ATL fecham, é o drama. Para ela, por uns motivos e para mim, por outros. Este ano também percebi que mesmo no mês de Julho em que o ATL até planeia umas actividades extra, raramente a satisfazem. O facto é que eu, ao mesmo tempo que trabalho não posso estar a proporcionar-lhe tempo e actividades de qualidade.

Portanto já foi uns dias à praia, passou um dia no Buddha Eden, outro nas piscinas de Santarém, a tia leva-a sempre que pode às aulas de Skate e o mês de julho, fez-se.

Com a chegada de Agosto, vêm com ele os verdadeiros problemas para muitos pais. Não termos onde ou com quem os deixar. É a realidade de termos apenas 25 dias úteis de férias por ano, e os mais pequenos não entenderem porquê.

Esta semana ficou resolvida e bem. O balanço final foi uma menina muito animada a dizer que para o ano quer repetir. E então que andou a minha Milady Rita a fazer!?

Uma semana de Summer Fun na escola de inglês que ela frequentou quando era mais pequenina e cujo contacto mantivemos sempre para quando ela precisar de novo impulso. Inscrevi-a há algum tempo, mas fiz-lhe a surpresa, ela ficou contente por reencontrar o professor e valeu muito a pena.

Tirando a parte logística de a deixar lá de manhã e ter que sair do escritório um pouco mais cedo para a ir buscar, fazer um trajecto mais longo e ter apanhado algum trânsito que no fim do dia me irritou profundamente, ela vinha exausta, o que é, já de si, bom sinal. 

O plano da escola para a semana foi muito giro, sendo que a regra principal era, falar apenas em inglês. E desde lerem A Volta ao Mundo em 80 dias, terem visto um filme, cozinhado, teatro,  muitos jogos e gramática, tenho uma filha ainda mais à vontade com o idioma, a falar com mais facilidade e a manter o interesse e a vontade em ficar cada vez mais fluente.

Do lado dos professores vieram os comentários de que ela para a idade que tem, está com um nível de inglês muito bom. E eu, fiquei muito feliz por ter acertado nesta dinâmica.

A avaliar pelas fotografias que me foram enviando…palavras para quê!?



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