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Eles não temem o pano

 Se há situação que me causa estranheza e ao mesmo tempo à qual acho imensa piada, é ver nas cordas de roupa de lares portugueses um pequeno paninho ou toalhinha de bidé estrategicamente estendidos nem ao centro, nem nos extremos, estores para baixo, e o belo do artigo têxtil sozinho e triste exposto às intempéries do Verão, durante semanas a fio. 

Será que quem o faz pensa mesmo que aquelas visitas sem convite que por vezes entram pelos lares adentro e levam alguns objectos de recordação, se intimidam com trapos velhos e tesos que ali passam semanas estendidos!?

Lamento destronar a ideia típica, mas Eles não temem. Eles sabem-no melhor que alguém e o belo do trapo velho não é mais do que um convite: venham cá e estejam à vontade. Sejam nossos convidados na nossa ausência.

Eles têm a Cátedra meus senhores e não obstante, continuam a estudar, e muito. Estão tão evoluídos que, mesmo sem o tal convite e muitas vezes com os residentes em casa, eles entram, e levam recordações. Por vezes, os residentes não dão por nada, só no rescaldo, outras vezes participam da epopeia, presos numa qualquer despensa improvisada.

Em suma: eles não temem o pano!

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