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Fui “no shoppis centis”

 Quem me conhece sabe que não sou pessoa de adorar compras e muito menos, centros comerciais. São um “mal” necessário que possibilitam a concentração de quase tudo o que precisamos num mesmo espaço. Até já se podem fazer análises clínicas, comprar carros e alguns sonhos.

Atenção eu gosto de compras quando me predisponho a comprar, mas quanto menos tempo tardar, melhor. As catedrais do consumo, cheias de gente aos atropelos não foram feitas para mim, pelo que ir hoje ao Cascaishopping em modo pseudo-fantasma teve o seu lado catártico. 

Corredores largos, mais largos do que alguma vez os vi, espaço, ar....e lojas com um ar taciturno a tender para o sinistro, com montras desmanchadas, manequins sem roupa...quase parecia estar num filme daqueles meio futuristas em que um vírus mortal deu cabo de toda a gente, e só se safaram os “escolhidos”. Na verdade, é quase isso.

Senti um misto de paz com nostalgia de um passado recente e “normal”.

O que escolhi ir fazer ao “shoppis centis”? Depois de quase 2 meses de reclusão, em que toda a gente escolheu o cabeleireiro ou a manicure, eu fui arranjar as sobrancelhas. Com tantos problemas e coisas a acontecer, sentia-me “sem rosto”, toda desalinhada e quase sem expressão. Talvez precisasse mais de ir fazer o alisamento ou o laser....mas fez-me bem aquela meia hora de liberdade e as minhas sobrancelhas alinhadas de volta.

Prioridades....

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