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Acerca das 50 Sombras de Grey - O Filme

Mal saiu o livro, se é que pode ser chamado como tal, li as críticas e pareceu-me deplorável, mas enfim, hoje em dia qualquer gato sapato se diz escritor, escreve umas baboseiras e ganha milhões.

Se se tratar de temas picantes então, nem se fala.

Estreou o filme e obviamente que nem pensei em perder o meu tempo com tal película; perco tantas de que gostava de ver no grande ecrã, que disto não rezou de facto a história, mas conheço acérrimos defensores e defensoras da "obra".

Ontem como embora tivesse mais do que fazer, não estava com o indice de produtividade e interesse muito definido, decidi voltar atrás na programação da semana e fui dar às 50 Sombras de Grey, que ao que parece foi transmitido no Dia dos Namorados.

Pois bem, práticas sádicas e dominadoras à parte, há gostos para tudo e nem me vou deter sobre isso; achei um filme oco e vazio, sem sumo, sem sustentação, sem nada. A actriz com péssima expressividade, parecia uma menina aterrada pelo papel que estava a fazer, e que compreendo não deva ter sido fácil nem bonito, um "actor" que nunca tinha visto na vida, também com péssima performance, que a única coisa de jeito que tem é ser engraçadito.

O curioso é que dentro do género, o filme poderia ter resultado - em minha opinião bastava terem lá colocado bons actores, o que deveria ser tarefa árdua dado o fraco argumento, e centrarem-se um pouco mais na parte dramática da coisa, isto é, tivemos 2/3 diálogos em que ele expõe o porquê de não conseguir nutrir sentimentos e necessitar de práticas sexuais como aquelas para daí lhe advir o verdadeiro prazer. Caso tivessem pegado na verdadeira história do personagem, nas suas vivências passadas e presentes e dissecassem a questão dos sentimentos, mesmo abordando a parte sádica, acredito que a qualidade do filme aumentaria relativamente, porque honestamente o que vi...não consigo sequer classificar.

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