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Experiências da juventude

Estava eu a dar uma volta pelo centro comercial à hora de almoço e sou abordada por um jovem rapaz com idade para ser meu filho (sim, eu já digo isto, oh céus!) com uma nota de 5 euros amarfanhada nas suas mãos de recém adolescente, a falar baixinho, com uma certa dose de "vergonha" e decoro e eis que me pede para lhe ir comprar um maço de cigarros.

Obviamente que não acedi, não gostaria que a minha filha tivesse que fazer o mesmo daqui a uns anos; se tiver que pedir a alguém para lhe comprar tabaco, quero e anseio para que tenha a abertura suficiente para o pedir a mim.

A questão é que há coisas que de facto são prejudiciais, que não trazem nada de novo à nossa existência, mas mesmo assim há quem teime em experimentar.

No meu caso já foi muito tarde, sem dúvida que na altura, às escondidas da minha mãe, embora ela hoje o saiba, mas em boa hora o vício não tomou conta de mim. Menos uns pregos para o caixão e a poupança de uns quantos euros.

Mas entristeceu-me a atitude daquele garoto. Tantas coisas giras que ele podia fazer com os 5 euros de hoje, de amanhã e de depois e gastá-los em algo tão inútil, sobretudo numa idade em que ainda não é suposto se ter aqueles devaneios e/ou problemas que se colmatam e/ou abafam com uma dose de nicotina.

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