Definitivamente não consigo lidar com a saudade e com sentimentos de perda.
Há quem diga que o passar do tempo ajuda a curar tudo, que as feridas saram, mas comigo passa-se exactamente o oposto.
O passar do tempo só me faz pensar mais, só me faz lamentar mais, só me faz sentir mais e mais saudade.
...E cada vez sinto mais saudades, por exemplo da minha avó. Dei comigo a pensar no outro dia, no caminho de casa para o trabalho que há tantos anos que não a vejo e tenho tantas coisas para lhe contar, apetece-me tanto deitar a minha cabeça no seu colo, receber as suas festinhas e o beijinho na ponta do nariz....mas nunca mais o vou poder fazer.
Com os condicionalismos da vida e a loucura do dia-a-dia, perdi muitas oportunidades de o fazer e de o obter, e agora é tarde. Restam-me as suas memórias e as suas recordações.
Está entre as pessoas mais importantes da minha vida e sem dúvida é a que mais falta me faz.
A sua tenacidade, a sua força, o seu espírito, a sua alegria, a sua dignidade, a sua veracidade, a sua personalidade, vivacidade, honestidade, capacidade de trabalho, são de facto irrepetíveis, e neste momento o que mais me reconforta é saber que pude privar com ela, e que posso dizer que sou (fui) sua neta.
E como ontem ouvi uma música na televisão que me fez lembrar tanto Ela, aqui deixo a sua letra, como mais uma homenagem:
A Lenda da Fonte
Maria do monte, nascida e criada
Na encruzilhada que fica defronte da fonte sagrada
A lenda é antiga, mas há quem a conte
Que descia o monte uma rapariga
P'ra beber na fonte
E áquela hora por ela marcada de noite ou de dia
O Chico da Nora na encruzilhada esperava a Maria
Seguiam depois, bem juntos os dois, ao longo da estrada
Matar de desejos, a sede com beijos
Na fonte sagrada
Mas um certo dia, como era esperada
Na encruzilhada não veio a Maria à hora marcada
Seus olhos divinos p'ra sempre fechou
Aldeia rezou, tocaram os sinos
E a fonte secou
E áquela hora por ela marcada de noite ou de dia
O Chico da Nora na encruzilhada esperava a Maria
Mas oh santo Deus, escureceram- se os céus, finou- se a beldade
E diz- se no monte que a velhinha fonte
Secou de saudade
Há quem diga que o passar do tempo ajuda a curar tudo, que as feridas saram, mas comigo passa-se exactamente o oposto.
O passar do tempo só me faz pensar mais, só me faz lamentar mais, só me faz sentir mais e mais saudade.
...E cada vez sinto mais saudades, por exemplo da minha avó. Dei comigo a pensar no outro dia, no caminho de casa para o trabalho que há tantos anos que não a vejo e tenho tantas coisas para lhe contar, apetece-me tanto deitar a minha cabeça no seu colo, receber as suas festinhas e o beijinho na ponta do nariz....mas nunca mais o vou poder fazer.
Com os condicionalismos da vida e a loucura do dia-a-dia, perdi muitas oportunidades de o fazer e de o obter, e agora é tarde. Restam-me as suas memórias e as suas recordações.
Está entre as pessoas mais importantes da minha vida e sem dúvida é a que mais falta me faz.
A sua tenacidade, a sua força, o seu espírito, a sua alegria, a sua dignidade, a sua veracidade, a sua personalidade, vivacidade, honestidade, capacidade de trabalho, são de facto irrepetíveis, e neste momento o que mais me reconforta é saber que pude privar com ela, e que posso dizer que sou (fui) sua neta.
E como ontem ouvi uma música na televisão que me fez lembrar tanto Ela, aqui deixo a sua letra, como mais uma homenagem:
A Lenda da Fonte
Maria do monte, nascida e criada
Na encruzilhada que fica defronte da fonte sagrada
A lenda é antiga, mas há quem a conte
Que descia o monte uma rapariga
P'ra beber na fonte
E áquela hora por ela marcada de noite ou de dia
O Chico da Nora na encruzilhada esperava a Maria
Seguiam depois, bem juntos os dois, ao longo da estrada
Matar de desejos, a sede com beijos
Na fonte sagrada
Mas um certo dia, como era esperada
Na encruzilhada não veio a Maria à hora marcada
Seus olhos divinos p'ra sempre fechou
Aldeia rezou, tocaram os sinos
E a fonte secou
E áquela hora por ela marcada de noite ou de dia
O Chico da Nora na encruzilhada esperava a Maria
Mas oh santo Deus, escureceram- se os céus, finou- se a beldade
E diz- se no monte que a velhinha fonte
Secou de saudade
Comentários
É igual um machucado que você fica cutucando. Ele só tende a aumentar.
Você tem que criar laços afetivos mais fortes e que valham a pena. Nenhum deles subtituir a pessoa que você perdeu, mas essas pessoas irão ajudar você a continuar no seu caminho.
força