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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2022

Vontades próprias

 Qualquer coração, e aqui refiro-me a ele próprio, faz o que lhe apetece e quando lhe apetece. Aliás, ele e o cérebro conspiram em larga escala.  Pois que o meu coração tem andado acelerado, demasiado, e não me deixa repousar. Se há uns anos atrás depois de baterias de exames se concluiu que não tinha doença coronária, nos últimos dias dei comigo a pensar que se calhar era desta. E por isso hoje estou toda picada, fizeram-me uma série de maldades e quando o senhor coração é alvo de escrutínio, porta-se bem e não se deixa atingir. Deve estar em conluio com o cérebro, esse grande trapaceiro que manda e desmanda na vida do hospedeiro. Em suma: tenho que desacelerar porque em repouso registar batimentos na ordem dos 156 por minuto, quase me dá propulsão para ir ao espaço e vir, sem gastar uma fortuna!

Quase uma romana

 No início do último Verão, apaixonei-me por esta menina. Quer dizer não só por ela, mas tive que escolher. E esta foi a preferida. Tem um ar romano, de centurião….se bem que as notícias de hoje em especial me deixam de pé atrás com essa nação. Mas é linda, só me falta a coroa…de louros, entenda-se!

Farta de gente estúpida

 O estúpido não tem culpa de o ser...ou será que tem!? Cada vez mais acho que um certo nível de estupidez se traduz numa forma de estar na vida...estúpida. E eu que nunca tive paciência para essa característica, quando por via dela me sinto afectada, começo a não ter paciência e reajo...mal. Há uns dias atrás um idiota no Parque do Estacionamento do Hotel Baía em Cascais, estando eu a fazer sinal para estacionar o carro num determinado lugar, ele estar atrás de mim, e termos esperado que a pessoa que estava a retirar a sua viatura fizesse a manobra (o que também foi uma tarefa árdua), quando eu, que estava na minha mão com sinal de mudança de direcção e tudo certinho, sou ultrapassada à má fila pelo sujeito que estaciona ali! Raramente me aborreço com questões de trânsito; foi algo que aprendi com o meu padrasto, mas até a minha presença de espírito nessas situações, tem limites! Apanhei-o a sair do carro e perguntei-lhe assim, com estas palavras e tenho testemunhas idóneas que pod...

Midnight tea

 

Nem só de memórias da partida do Titanic vive Southampton

 
 Hoje seria aquele dia em que teria almoçado pelos lados da Comporta, ou Setúbal, Alcácer….esteve um dia bonito, ter-me-ía rido, a Rita teria recebido os miminhos do avô. Eventualmente eu até teria encomendado um bolo de aniversário com o tema “SLB” - foi a única pessoa em toda a minha longa vida por quem eu cometi tamanha heresia, que foi comprar um bolo de anos alusivo a tão deplorável tema. E era capaz de o fazer de novo, portanto esta relação era de amor puro. E jamais o farei. Não nasceu nem nascerá quem mereça que eu vá contra a minha crença clubística. Imagino que entre Putin, Rainha Isabel II e Carlos III, ele diria uma série de piadas bem negras, até porque sempre o ouvi dizer que naquele ano da graça de 1948 houve um ligeiro engano e ele foi parar à família errada. Talvez por isso eu me tivesse lembrado de lhe fazer um bolo real, com a sua coroa e hoje tê-lo-ía investido finalmente como o Rei D. José Carlos, o Grande. Aliás, o Rei Zé! Este vai ser sempre o dia dele, e vai...

Mas quem é que a autorizou a crescer!?

 

Segurem-me que eu não me posso rir

 A minha filha, tem 12 anos. Em suma, um pigmeu. Pois que tive que ouvir o seguinte comentário, fiz um esforço para não me desmanchar a rir, ainda exerci função didáctica no sentido de não alimentar preconceitos e respeitar os professores acima de tudo...mas cá no fundo do ventrículo esquerdo e aurícula direita juntamente com a minha tricuspíde regurgitante, também acho que é um miúdo e acho que tem tudo para ser um ano lectivo divertido, no mínimo. Então fez ela o seguinte comentário: "Mãe, o meu professor de Físico-Química é um miúdo, saiu agora da Faculdade, não estás bem a ver, é que olhamos para ele e é mesmo miúdo!" Portanto vai ser divertido porque uma turma de miúdos a entrar na adolescência com um professor acabadinho de sair do Campus , está mesmo a ver que é um augúrio para momentos que devem ir da auto-gestão, passando pela falta de respeito dos alunos face a ele e, em última instância, desespero do rapaz. Digo eu, que também estou aqui a ser um bocadinho preconce...

Tectos

 

A falta de brio

 É algo que me causa urticária emocional. Aquela espécie que me revolve as entranhas e me faz ficar com indisposição, sensação de vespas asiáticas e carrapatos na barriga. Todos nós temos as nossas falhas, mas ultimamente tenho-me deparado com seres humanos que mesmo após serem alertados para tal no exercício da sua actividade profissional, falham, cometem erros, voltam a repetir os mesmos erros, prejudicam o cliente, são arrogantes…em suma, incompetentes ao mais alto nível e sem qualquer resquício de humildade. Em vez de caminharmos a passos largos para a excelência, estamos a quase cruzar a meta para a mediocridade e coisas piores. E vale para tudo. Em termos institucionais, sociais, profissionais e afectivos, que é o que mais me preocupa. Hoje estou assim, em profundo desencanto com esta porcaria toda. E farta da Desumanidade. Da falta de empatia, de entrega ao próximo, seja em que contexto for. Letalidade das relações humanas, é disso que se trata.

Mas se ontem dissertei acerca do quão cansativo é lidar com “pessoal com a mania das doenças”…

 Entenda-se, a minha filha, só um grupo restrito sabia o tormento que andava a sentir de há cerca de duas semanas a esta parte. Qualquer pai/mãe que seja digno de assim ser designado, tem sempre quantos corações a bater fora do corpo, quantos filhos tenha.  Eu tenho um, e esse coração bate ainda mais, do que aquele que tenho encaixado na minha cavidade torácica. E andava há uns bons dias a lidar com algo que, nos primeiros dias me pareceu irrelevante,  mas com a continuação me fez crescer e encher de descargas eléctricas e água, nuvens de uma negritude máxima por cima da minha cabeça. Ora a criança parecia estar melhor, ora retrocedia, e até nos testes à sua hipocondria ela “passava” com distinção ou seja, cedo percebi que se neste caso havia algum exagero, seria no sentido inverso.  Hoje, quando íamos a caminho do hospital, eu com as nuvens negras a sobrevoar-me a cabeça, as energias positivas dos nossos a injectarem-me mensagens de que ia ficar tudo bem, eu e ela, ...

É cansativo lidar com pessoal que tem a mania das doenças

 E viver debaixo do mesmo tecto então, é esgotante. Assim é a minha filha, ao ponto de lhe dizer que qualquer dia tem uma coisa séria e eu não vou acreditar.  Há sempre uma dor aqui, uma falta de visão ali, um pico acolá, uma alergia acoli e eu não tenho a mínima paciência e tempo para lidar com incidentes clínicos, que não o são. A última de todas foi a aparição de, não uma, não duas, mas sim, três cáries! Até poderia dar-se o caso se ela tivesse uma má higiene oral, abusasse dos doces, não fizesse consultas periódicas e higienização oral, só que…cumprimos com todos os requisitos ou não sejam a higiene e saúde oral uma das minhas grandes pancadas. Esteve há pouco mais de um mês na higienista oral para fazer a manutenção, teve a consulta de rotina há menos de um ano, já tendo a próxima marcada para o fim do ano pelo que…três cáries assim de repente seriam um fenómeno a ser estudado. Mas lá andei a espreitar com a minha paciência e o auxílio do ferro que se chama sonda de explo...

Basta uma escassa e breve convivência com os pares….para começarem a sair disparates da cavidade bocal para fora

 De há mais de uma semana a esta parte, temos sido bombardeados com o tema Rainha Elizabeth II. A figura e o que significou para a História assim o ditam, mas sem dúvida que é demasiado. O Covid já era, o conflito bélico na Ucrânia suavizou e as manchetes e peças jornalísticas vão ao cúmulo de falar dos chapéus da Senhora, verniz das unhas, sapatos…. E tudo isto há mais de uma semana e não acredito que termine no dia da sua inumação. Vá, que no Reino Unido e países da Commonwealth a cobertura seja exaustiva, até entendo, mas por aqui já se torna demasiado. Foi uma pessoa que faleceu, que antes de ser a Rainha, era uma mulher, mãe, avó, bisavó e fazem-nos entrar pela alma dentro a dor dos seus, que perderam uma das suas.  E claro que todos temos a nossa opinião e tecemos as nossas considerações, com maior ou menor presença de espírito. A minha filha hoje teve um toque de parvoíce que não se coaduna nada com os valores que lhe passo, e que não são sequer verbalizados no nosso co...

Lá diz o ditado que não há bem que sempre dure

 E a partir de hoje e até fim de Junho de 2023, se até aí não fizer a minha Viagem, o cenário é este: Não deixou de ser cómico eu a sair de casa “de madrugada” ainda com a neura matutina e ela com um sorriso nos lábios a dizer que para o ano já vai para o oitavo ano, que está quase a fazer 18 anos e que depois vai para a Universidade.  Há gente mesmo doida….

Esses mesmos…

 

Odores

 Jamais haverá consenso no que toca a preferências odoríficas. Se um gosta de Chanel 5, outro já diz que o seu odor natural é maravilhoso (e não é nada, mas há quem goste). Eu por acaso aprecio a arte que é desenvolver um perfume, mas muito poucos me apaixonam. Mas aqueles que figuram na minha lista VIP, vão acompanhar-me até ao fim dos meus dias. Depois conheço quem goste do cheiro a gasolina, e quem não goste nada, do cheiro a marisco, flores, mas não todas, que tolere o cheiro a cão, ou diga mesmo que o seu cão cheira a rosas (só que não), etc. e tal. Eu não sou excepção e gosto imenso do cheiro que emana da presença de iodo - que para muitos é extremamente desagradável. A tempestade destes últimos dias deve ter trazido à tona tantas algas e componentes marinhos que há pouco ao passar na Avenida Marginal, mesmo com os vidros fechados, senti aquele odor a iodo, maravilhoso. Abri os vidros todos, inspirei e expirei até onde os meus pulmões o permitiram, e parecia estar a inalar vi...

Há dias em que nos desgraçamos

 Mas com prazer…

Sempre Alerta

 Não sei que captará ela com a “antena” em riste, mas depois da posição fetal, esta é a nova forma de dormir por estes lados. 

A Semana, a tal semana chegou!

 E com ela muitas aventuras e experiências que vai carregar no coração. Falo das tais memórias e experiências que lhe quero deixar e proporcionar que, embora nem sempre seja fácil de conjugar com a minha vida profissional, com ou sem suporte extra vou tentando colmatar. Desta vez com uma ajuda preciosa que com todo o amor a deixou lá todos os dias de manhã, a foi buscar todos os dias à tarde e, em termos logísticos permitiu que eu lhe conseguisse proporcionar esta grande surpresa. Tu sabes quem és. Obrigada! Conforme já te disse, estou-te eternamente grata por no matter how, what or when  estares lá e nunca te esqueceres de nós. Por isso uma vez mais, Obrigada ❤️ E a experiência que já me disse querer repetir, de tão boa que foi, foi passar a semana no Campo de Férias do Jardim Zoológico de Lisboa. Desde catatuas dançarinas, o concretizar do sonho de acarinhar uma cobra das grandes (vá-se lá perceber as predilecções desta miúda), fazer gelados caseiros de fruta para dar aos ma...

A ideia da sua (já) não existência é estranha

 Não se trata de se ser monárquico, gostar de intrigas palacianas e afins. É a perda de uma figura que marca não uma, mas várias eras, e tanto na História como na memória de muitos, será sempre “A” (“The”) “Rainha” (“Queen”). E ser “A”…. será sempre o que a distinguirá por tudo o que significou e pelo trajecto que teve.  Até sempre Majestade!

Esta juventude não percebe nada disto

 De cada vez que manuseio esta sweat/shirt fico deliciada e a lamentar que não seja minha. Mas por que raio não fizeram o mesmo modelo em tamanho de adulto!? É um facto que nem eu era ainda nascida quando o Abbey Road foi lançado, mas é como se já o fosse, de tantas as vezes que o ouvi em loop no gira-discos de lá de casa. É histórico, foi o último álbum gravado pelos saudosos Beatles e tem algumas das minhas músicas preferidas.  Mas a miúda não percebe que ter uma Abbey Road versão Snoopy é qualquer coisa de fabuloso. Delicio-me eu de cada vez que a passo a ferro. Podia dar-me para pior.

A Ponte de Londres vai ruir

 Será que existe alguém no mundo que não goste desta Senhora!? É uma figura histórica por vários motivos e é e sempre será, a Rainha!
 Há uns dias chegou perto de mim com um tubo de ensaio na mão, um ar dramático-tresloucado mas sério a dizer-me: “Mãe, um dia vou descobrir uma cura para um cancro!” Teve a solenidade suficiente para eu perceber que estávamos perante uma conversa séria. Já não estamos na base do “quero ser bióloga” com a eloquência com que dizia que queria ser cabeleireira. Aquilo saiu-lhe das entranhas, com convicção e certezas.  A primeira e única pessoa que conheci assim, com uma convicção forte foi o meu amigo de infância Pê. O Pê dizia deste tenra idade que um dia ia ser médico. E o percurso não foi fácil. Primeira tentativa não foi colocado, segunda tentativa idem e só no terceiro ano o Pê conseguiu dar mais um passo para seguir o seu sonho. O Pê concluiu o seu curso, fez a sua especialização e passou por vários sítios, desde o Centro de Saúde, Institutos disto e daquilo, hospitais públicos, bancos….mas acima de tudo o Pê tinha alma, e quando dizia em pequeno que um dia iria ser médico, ...
 Também poderia dissertar acerca do quão caros nos vão sair os 125€…mas neste momento estou na paz! E como “a cavalo dado não se olha o dente” vou aceitar e fazer de conta que depois não os vou pagar em sede de um imposto qualquer. Assim como assim, já dão para as botas da miúda porque as antigas, deixaram de servir. 
 Chego a um ponto em que não sei se é por simpatia ou se de facto aparento ser mais jovem, do que sou na realidade. Mas sucedem-se e com muita frequência interjeições de espanto quando digo que estou a meses de completar 45 anos. Resta-me agradecer à simpatia dos comentários, à genética….e a um bom sérum que faz milagres.

Entretanto perdi-me

 A víscera cardíaca de Sua Majestade o Rei já voltou para o seu sarcófago de onde não deveria ter saído porque estas deambulações cheiram-me a uma certa profanação, ou ainda está por Terras de Vera Cruz?🤔

“Mãe, tira uma fotografia à nossa sombra”

 E o futuro próximo está aqui reflectido: ela mais alta do que a mãe e segura de si…a mãe a desvanecer, porque essa é a lei da vida e a ordem das coisas. Ela vai chegar lá, às estrelas e eu, um dia enquanto estrela, brilharei lá no universo a transbordar de orgulho pela filha que tive a sorte de fazer crescer, ganhar asas e voar!
 
 Eu não disse que ia ficar com saudades de “Manifest”? Terminei a terceira temporada e agora fiquei a sentir-me orfã de série. Dentro do género conseguiu prender-me e está mesmo muito interessante. E sobretudo quando terminam uma temporada com um desfecho daqueles….não há direito. Resta esperar dois meses porque a próxima e última temporada que ainda por cima decidiram dividir em duas partes, promete. E continuo com dúvidas se houve abdução ou não. Ai que nervos!