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Renúncia

 Ontem perguntou-me se eu me importaria que ela fizesse uma renúncia. Ora, não vamos à missa há anos e não temos levado propriamente uma vida dada à espiritualidade  nos últimos tempos pelo que depreendi que tenha ouvido algo em conversa com as companheiras das Guias. 

Disse-lhe que não vejo qualquer inconveniente a que o faça mas, há que ter a noção que qualquer renúncia para ser válida implica que seja cumprida e, acima de tudo, decidida em consciência. Não se renuncia só porque sim. Renúncia-se por termos finalmente a noção que algum comportamento ou hábito nos pode prejudicar ou ir contra as nossas convicções e, por isso optamos por outra forma de estar.

Percebeu metade da ideia, pois disse-me que tinha que pensar qual seria a renúncia, mas talvez algo como “não comer chocolate durante 40 dias” mas que “apenas poderia começar após a Páscoa, porque até lá quer comer os ovos”.

É daqueles momentos em que não sei se ria, se me atire para o chão e penso…bem bem, era ela renunciar ao mau feitio por 80 dias! 

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