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Apesar de tudo, eu…votei!

 Não que todo este circo montado tendo como base a crise política que já se vive há anos, mas que foi elevada ao máximo expoente pelo chumbo muito bem articulado do OE, me estimule a assistir de bancada e, pior do que isso a fazer parte dele. Não gosto de circo, nem de palhaços, nem de animais amestrados.

Mas metaforicamente falando, montada a tenda, e sem ter dado um passo para assistir, o Sistema faz com que sejamos intervenientes…actores sociais reza a minha Ciência. E somos, foi-nos dado esse poder há umas boas décadas atrás e, se num ou outro acto eleitoral anterior vacilei, ao ponto de me sentir encurralada entre a fidelidade à minha ideologia (caramba, até em termos políticos eu sou fiel e, começo a perceber que aquilo que eu considero virtuoso nalguns/cada vez menos seres humanos, o ser fiel a si, aos seus princípios, à sua ideologia e ao outro, no meu caso transforma-se num crasso defeito) e para não deixar de o ser, socorrer-me do voto em branco, desta vez, e com o avançar deste espectáculo que dura há meses com, argumentações políticas quase a roçar o irracional, demagogia, histeria, as promessas do costume, alguns Messias de, quem cá já não se esperam milagres, coscuvilhices palacianas e um uso extremo de oxímoros, comum a todos os candidatos…para que nada falhe e não vá ser investida da coroa, vulgo Corona V que ninguém decerto almejará receber, fui tratar já hoje do assunto.

Com a consciência cívica de sempre, com o sentido de responsabilidade que me caracteriza, com (bom) senso. O meu (mau) senso diz-me que uma arena do tempo dos Gladiadores, sem leões e todos os intervenientes destes partidos à esquerda, à direita, ao centro, até aos mais extremistas e o seu baixo grau de inteligência à mistura, passados uns tempos até poderia resultar em algo de útil. Era necessário apenas o uso da energia que lhes resta para o bem comum e que todos sabemos no nosso país em que áreas muito há por fazer: muitas, mas comecem por órgãos de soberania/poder judicial/corrupção. A partir daí  e com a limpeza eficaz das ervas daninhas que constituem elas próprias uma autêntica pandemia, todos os outros problemas do país teriam a dedicação necessária.

Vença quem vencer daqui por uma semana…é uma treta, mas vamos continuar na mesma e daqui a uns 6 anos vai estar meio país a comentar em surdina o falhanço que foi, e nós não saímos destes ciclos, e de anos de aperto, insatisfação, discussão, discórdia. Parece que…faz parte. Mas como este é o Sistema, fui fazer a minha parte, sem lugar a desculpas, e depois, mesmo continuando a não gostar de circo, voltarei a assistir na bancada, com o avançar da idade provavelmente com mais pragmatismo, mais riso e menos siso, porque não vale mesmo a pena potenciar enfartes no meu miocárdio, à conta das más decisões dos outros.





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